A base de dados Pordata assinalou o Dia Internacional da Mulher com um retrato das mulheres portuguesas, que alerta sobretudo para a diferença salarial entre homens e mulheres, com elas a estudar mais mas a ganhar 20% menos do que eles.

Para começar — apesar de nascerem mais homens no país, as mulheres têm maior esperança média de vida — existem mais mulheres do que homens em Portugal. Em 2015 contabilizavam-se 5,4 milhões de mulheres e 4,9 milhões de homens.

Depois, desde 2012, que a maioria da população estrangeira residente em Portugal é feminina. São 3,7% da população e contribuem para 8,4% dos nascimentos no país. Quanto às mulheres portuguesas, estas têm cada vez menos filhos (1,3 por mulher em 2015) e o primeiro filho cada vez mais tarde.

E porquê? Porque investem nos estudos e na carreira. Ainda assim, Portugal continua a ser um dos países da União Europeia onde as mulheres têm menos escolaridade (em 27º lugar dos 28 países) com apenas 48,6% das mulheres a frequentar o ensino secundário ou superior. A situação parece estar a melhorar, dado que o abandono escolar reflete-se mais no homens e, no ensino superior, a maioria dos doutoramentos em Portugal pertencem às mulheres.

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A diferença de salários, entre homens e mulheres, continua a ser uma realidade. Em 2015 as mulheres receberam menos 1/5 do que os homens e a diferença aumenta nos cargos de chefia:

A diferença salarial entre homens e mulheres é mais acentuada nos quadros superiores e nos profissionais altamente qualificados” assinala a Pordata.

As mulheres portuguesas apostam, cada vez mais, na sua escolaridade e carreira sendo que 31% dos empregadores em Portugal são mulheres. Elas são ainda a maioria dos magistrados, advogados e médicos. Só no parlamento, as mulheres já representam 1/3 dos deputados na Assembleia da República, com 76% deputadas.