Os últimos quinze minutos de jogo em Paços de Ferreira mostravam uma tendência em que poucos pareciam acreditar. O nulo perdurava no marcador, era o Paços que atacava e o Benfica defendia mais do que criava hipóteses para os golos tão necessários. E o empate todos sabiam o que significava: a possível perda da liderança do campeonato para o FC Porto (que só joga este domingo à tarde com o V. Setúbal) e uma possível reviravolta na Primeira Liga: não só os portistas passam para a frente, como também passam a depender só deles para serem campeões (o que já acontecia, mas muda agora o cenário num eventual empate no clássico).

Mas voltemos ao jogo na Mata Real e aos tais 15 minutos finais. É aí que se começa a perceber o desespero dos jogadores no Benfica. Primeiro na defesa, face aos constantes ataques do Paços. Depois no banco, onde à medida que o tempo passa Rui Vitória esfrega as mãos, Jardel rói as unhas, e todos assistem de pé às jogadas mais perigosas. Mas chega-se aos 90 minutos sem golos. O árbitro dá mais cinco de compensação. Há faltas à entrada da área do Paços. Há livres para marcar. Mas nada. Jonas falha a última oportunidade e Mitroglou deita as mãos à cabeça. Estavam perdidos dois pontos. Podia estar perdida a liderança. E até Luisão fazia um tristonho ‘beicinho’.

A próxima jornada encerra assim um jogo escaldante: um Benfica-FC Porto provavelmente decisivo a 1 de abril. Ficarão depois a faltar as últimas sete jornadas, que incluem um Sporting-Benfica (22 de abril?) e um Sp. Braga-FC Porto.

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