Um Mundial com 48 equipas em vez das 32 equipas atuais. Uma competição entre seleções organizada pela UEFA já em 2018. Uma Liga dos Campeões com mais entradas diretas. Utilização generalizada do vídeo-árbitro. Mudanças nas regras, com a abolição do fora-de-jogo e penalizações de tempo em vez de cartões amarelos. São estas algumas das grandes mudanças que a FIFA e a UEFA estão a preparar para o futebol mundial e que prometem revolucionar todo o panorama das atuais competições desportivas.

O resumo das mudanças que aí vêm está muito bem explicado no desportivo espanhol Marca. Nós fazemos um apanhado das grandes novidades.

A maior novidade é uma nova competição de seleções da UEFA, que se vai chamar UEFA Nations League e vai arrancar já em 2018. É um torneio que deixa de fora ideias para outras competições entre grandes clubes que chegaram a ser debatidas e que podiam fazer concorrência à Liga dos Campeões. O objetivo é acabar com jogos particulares entre seleções e criar um grande torneio paralelo ao Europeu. Será uma grande competição europeia.

As 55 seleções europeias serão divididas em quatro mini-ligas de acordo com o ranking que ocupem. Será uma espécie de campeonato europeu com quatro divisões e países a subir e a descer. O ranking da UEFA determinará os cabeças de série. Os jogos entre eles terão seis jornadas em setembro, outubro e novembro. Em junho disputar-se-á a Final Four entre os quatro melhores países (com meias finais e final). Os quatro vencedores dos play off ocuparão quatro vagas nos apurados para o Europeu do ano seguinte.

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Depois o Mundial, que em 2026 passará de 32 para 48 equipas. E como será um Mundial com tanta gente? Serão 32 dias de competição, com 16 grupos de três seleções cada, passando as duas primeiras (só é eliminada uma) aos 16 avos de final. A partir daí começa o verdadeiro Mundial (já sem muitas das equipas mais fracas e provavelmente com algumas surpresas). Os lugares serão distribuídos da seguinte forma: 16 seleções da Europa, 8+1 repescado para África, 8+1 repescado para a Ásia, 6+1 repescado para a América do Norte, 6+1 repescado para a América do Sul, 1 para a Oceânia e 1 para o país anfitrião.

Quanto à Liga dos Campeões, a maior novidade a partir de 2018 é que os quatro melhores países do ranking da UEFA terão quatro clubes com entradas diretas. Os países no 5º e 6º lugar do ranking terão direito a duas entradas diretas e uma terceira via pré-eliminatórias.

No que diz respeito ao uso do vídeo-árbitro, ele generalizar-se-á: será usado para avaliar/validar golos, penáltis, cartões e identificação de jogadores faltosos.

Já quanto a mudanças de regras, elas baseiam-se numa proposta do ex-internacional holandês Van Basten – que é agora diretor técnico da FIFA – e estão ainda em análise muito inicial. Ele pretende abolir o fora de jogo, criar penalizações de cinco ou dez minutos em substituição dos cartões amarelos, parar do relógio sempre que a bola não estiver em jogo nos últimos dez minutos da partida, permitir mais duas substituições nos prolongamentos, fazer substituições sem parar o jogo, trocar os desempates por penáltis pelo ‘shoot out’ (cinco tentativas em que o jogador faz 25 metros até à baliza e remata à baliza, podendo driblar, chutar, enganar o guarda-redes, etc.), limitar o número de faltas e até diminuir de 11 para 8 o número de jogadores.

Marco Van Basten quer revolucionar o futebol. Sem foras de jogo ou cartões amarelos

Ou seja, se há alterações prontas a avançar, outras que ainda vão levar a muita discussão.