O zika chegou à Índia com as autoridades daquele país a anunciarem os três primeiros casos de infeção pelo vírus. Duas das pessoas infetadas são mulheres grávidas, que já deram à luz bebés saudáveis. Apesar de não terem viajado antes de contrair o vírus, o ministério da Saúde indiano já veio dizer que “não há motivos para pânico”, escreve o Washington Post.
Os três casos foram detetados enquanto os pacientes faziam análises de rotina num hospital de Ahmadabad. Dois surgiram em fevereiro e em novembro de 2016 e o último em janeiro de 2017.
Zika é um arbovírus transmitido por mosquitos, que foi foi isolado pela primeira vez em 1947, numa floresta do Uganda, mas só no início dos anos 1950 foi detetado em humanos. Os sintomas são muito semelhantes aos da dengue: mal-estar, febre baixa, erupção cutânea, comichão e conjuntivite.
Foram documentadas complicações neurológicas relacionadas com o vírus zika, mas a maior preocupação está nas grávidas: suspeita-se que o vírus afete o desenvolvimento dos bebés e que seja a causa do elevado número de bebés com microcefalia no Brasil.
De acordo com o jornal de medicina Lancet, há 2,6 mil milhões de pessoas que vivem na Ásia e em África em risco de serem infetadas pelo vírus. Até ser identificado em grande escala no Brasil em 2016, não era motivo de grande preocupação. Contudo, no ano passado, houve 196 pessoas que morreram por causa do vírus no Brasil, onde foram registados 1,94 milhões de casos de dengue, zika e chikungunya.
A Organização Mundial de Saúde anunciou que a descoberta destes três casos sugerem que o nível de transmissão na Índia é baixo, mas que existe um risco sério de novos casos no futuro. Contudo, não recomendou nenhum cuidado especial para quem está a pensar viajar para a Índia.