Avaliada em vários milhares de milhões de euros, a nova ligação ferroviária entre a China e a Europa para transporte de mercadorias, conhecida como “One Belt, One Road”, representará uma poupança de dois terços do tempo, e de mais de um terço das emissões de CO2, comparativamente à mesma ligação efectuada por mar. E foi esta a via, que pretende replicar para os tempos modernos a mítica Rota da Seda, a eleita pela Volvo para trazer até ao Velho Continente, mais concretamente ao seu centro de distribuição de Zeebrugge, na Bélgica, os primeiros exemplares do S90 produzidos na fábrica de Daqing, na China. A chegada do primeiro comboio está agendada para esta semana, para coincidir com a visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, à Bélgica.

Depois de, em 2015, se ter tornado na primeira marca da Europa Ocidental a exportar um automóvel premium para os EUA, com o S60 Inscription, a casa de Gotemburgo passa a ser, também, o primeiro construtor automóvel do mundo a exportar automóveis da China para a Europa. Relação com tendência para aumentar nos próximos tempos, uma vez que, em breve, todos os S90 serão produzidos em território chinês, de onde serão exportados para todo o mundo.

O transporte dos S90 entre Daqing e Zeebrugge é realizado através de comboios dedicados, cada qual transportando cerca de 225 automóveis em contentores especialmente concebidos para o efeito. Cada contentor alberga três automóveis em diferentes ângulos, de forma a aproveitar ao máximo o espaço disponível, ao passo que um conjunto de fixações especiais garante que são transportados de forma segura durante o percurso. Numa primeira fase, os comboios sairão da China rumo à Europa uma vez por semana, mas está já previsto que a frequência aumente em função do aumento da cadência produtiva.

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