O treinador da seleção portuguesa de sub-20 de futebol, Emílio Peixe, considerou este sábado que Portugal tem qualidade para ir mais longe no Mundial, na Coreia do Sul, na véspera de defrontar o Uruguai, nos quartos de final.
“A pouco e pouco, à medida que o torneio foi decorrendo, fomos sentindo que havia condições para irmos mais longe. Temos qualidade para pensar no passo seguinte, mas para o atingir temos de ser tão fortes como temos sido até aqui, humildes… e temos de nos superar em todos os momentos, impondo os nossos ritmos, a nossa paixão enorme pelo jogo e procurando ser melhores que o nosso adversário”, disse.
Citado na página oficial da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Emílio Peixe lembrou que quem vencer “estará entre as quatro melhores seleções do mundo”.
“Neste momento, fazemos parte das oito melhores e queremos entrar no lote seguinte. Não nos vamos focar na temperatura à hora do jogo, nem no relvado. Vamos focar-nos no nosso trabalho, conhecendo bem o adversário que vamos ter pela frente. Podemos chegar às meias-finais ganhando o jogo nos 90 minutos, no prolongamento ou nos penáltis. Estamos preparados para qualquer momento desses, que nos permita atingir o nosso sonho”, assumiu.
Para o ex-futebolista, campeão do mundo da categoria em 1991, “Portugal foi superior a todos os adversários que encontrou” e apenas não venceu todos os jogos porque não concretizou “as variadíssimas oportunidades” que teve.
“Se olharmos só para o resultado, vamos dizer que apenas fomos fortes no jogo com o Irão [2-1] e a Coreia do Sul [3-1], porque ganhámos. (…) Queremos muito ganhar, mas sentimos desde o primeiro jogo que fomos sempre superiores nesta competição. O futebol tem destas coisas. Quem não marca, arrisca-se a sofrer. Neste último jogo ‘saímos na frente do marcador’ e demonstrámos mais tranquilidade exatamente por isso”, afirmou.
Sobre o adversário, Peixe considerou que “o Uruguai é forte em todos os momentos do jogo, tem jogadores de grande capacidade individual, que podem decidir jogos a qualquer momento”, realçando também a boa organização defensiva — “não é por acaso que ainda não sofreram golos neste Campeonato do Mundo”.
Desde o encontro dos oitavos de final, em que eliminou a anfitriã Coreia do Sul, a ‘equipa das quinas’ teve quatro dias de descanso, com Peixe a destacar o tempo de recuperação, mas também o maior número de dias para preparar os quartos de final.