A EDP promete dar amanhã mais explicações ao mercado sobre a investigação da justiça aos contrato de venda de energia. Em comunicado, a elétrica diz que vai efetuar esta segunda-feira consultas ao processo que levou à realização de buscas na sede da empresa, e da REN, na sexta-feira passada. Destas diligências resultou a constituição de quatro arguidos, entre os quais o presidente executivo, António Mexia, e o presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto. Foram ainda constituídos arguidos João Conceição, administrador da REN, e Pedro Furtado, diretor desta empresa.

Os contratos em causa enquadram o pagamento de ajustamentos às centrais da EDP, financiados pelas tarifas elétricas, quando as receitas obtidas em mercado ficam abaixo do patamar contratualizado. Estas compensações começaram a ser aplicadas em 2007, durante o Governo de José Sócrates, e com o Manuel Pinho na pasta da economia.

Para amanhã de manhã, às 9.30, foi convocada uma conferência de imprensa onde estará a administração da elétrica. As investigações tiveram origem numa denúncia anónima sobre a extinção dos contratos de aquisição de energia e a sua substituição pelo regime dos custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC). Estes contratos foram negociados em 2004 e postos em execução em 2007.

Contratos de venda de energia. O que querem dizer os “palavrões” CAE e CMEC?

As ações da EDP iniciaram a negociação esta segunda-feira a cair quase 4%, e atualmente estão a desvalorizar um pouco mais de 3%. As ações REN (Redes Energéticas Nacionais) estavam a recuar cerca de 1%

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