As imagens de satélite foram obtidas a partir do “MODIS Rapid Response System” (um satélite da NASA) e foram fornecidas ao Observador com um tratamento efetuado pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA) para mostrar a dimensão atingida pelo fogo que começou no sábado em Pedrógão Grande. Na verdade estamos a falar de dois fogos: Pedrógão Grande e Góis, que acabaram por se juntar.
As imagens recolhidas na quarta-feira passada à tarde, quando ainda estavam ativos alguns incêndios, revelam os sete concelhos — Castanheira de Pêra, Penela, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Góis, Pampilhosa da Serra e Sertã — afetados por um fogo que terá atingido uma área de quase 50 mil hectares. A mancha negra afeta especialmente quatro concelhos: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Góis e Castanheira de Pêra.
O mapa compara ainda a dimensão do que ardeu esta semana, com a área ardida num dos piores incêndios de 2003, até agora o ano mais negro de sempre na floresta portuguesa. Na imagem podemos ver a comparação com a área ardida em Proença-à-Nova, no distrito de Castelo Branco, 41 mil hectares. Nisa, no distrito e Portalegre, viu arder 49 mil hectares. A maior área ardida nesse ano foi contudo vivida na serra de Monchique (Algarve) com vários incêndios que queimaram 70 mil hectares.
Os dados provisórios mais recentes, 22 de junho, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, aponta para 45 mil hectares, mas abrangendo apenas os Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Penela e Góis.