É uma pesada derrota para Trump. A última das propostas dos Republicanos para derrubar o Obamacare caiu por terra no Senado, na madrugada desta sexta-feira, com o decisivo voto contra do senador republicano John McCain.

A votação no Senado foi agitada e terminou com 49 a favor e 51 contra aquela que foi apelidada de “skinny bill” (“lei fininha”), com McCain a juntar-se a outras duas republicanas mais conservadoras — Susan Collins, do Maine, e Lisa Murkowski, do Alasca –, e a todos os democratas no chumbo da proposta.

A votação começou à 1h00 desta sexta-feira (6h00 em Lisboa) e pouco antes Donald Trump encorajou, no Twitter, os republicanos a fazerem avançar o projeto após sete anos de espera.

O presidente norte-americano não tardou a reagir ao chumbo no Senado, revelando a sua desilusão.

Também o líder dos Republicanos no Senado, Mitch McConnell, após o fracasso da votação, admitiu a sua desilusão e disse que este é o momento de “seguir em frente”, não adiantando se irá submeter nova proposta.

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Lembre-se que, na terça-feira, quando McCain votou a favor do início do debate da proposta no Senado, o que agradou a Trump, avisou logo que votaria contra esta proposta como ela está. E como o prometido é devido, o senador votou, esta madrugada, contra a proposta que era considerada muito radical pelos mais moderados do Partido Republicano e pouco ambiciosa pelos mais conservadores do partido. E explicou, na sua conta oficial de Twitter, que o fez porque a proposta “ficou aquém da nossa promessa de revogar e substituir o Obamacare”.

O fim do Obamacare era uma ambição do Partido Republicano desde o início e foi um dos grandes cavalos de batalha de Donald Trump durante a campanha eleitoral. Depois de ter sido aprovado por poucos votos na Câmara dos Representantes (217 – 213), no início desta semana o Partido Republicano tinha conseguido reunir os votos para iniciar o debate no Senado. Agora cai por terra.

O presidente Barack Obama fez do Obamacare uma prioridade dos seus dois mandatos e cerca de 20 milhões de norte-americanos terão conseguido cobertura por seguros de saúde graças ao plano de saúde que obrigava empregadores e trabalhadores a subscreverem-nos, dando apoios estatais para que o número de beneficiários aumentasse.