A Justiça da Zâmbia ordenou esta quarta-feira a libertação do chefe da oposição Hakainde Hichilema e a retirada acusações por traição lançadas em abril contra ele, devido às fortes tensões políticas no país, anunciou o partido de Hichilema.

Hakainde Hichilema e os restantes cinco coarguidos foram libertados e as acusações de traição foram retiradas. #HHestlibre (#HHestálivre)”, escreveu na sua conta oficial na rede social Twitter o Partido Unido pelo Desenvolvimento Nacional (UPND). “O Ministério Público decidiu pôr fim ao processo”, precisou o UPND.

Hichilema foi detido em abril depois de um cerco de várias horas à sua residência, sendo depois acusado de traição por ter obstruído a coluna motorizada do presidente Edgar Lungu. “Ele foi detido, acusado de ter cometido atos de traição na estrada de Limulunga”, no oeste do país, explicou na altura o advogado de Hichilema, Jack Mwiimbu.

O chefe do UPND foi depois levado para um campo de treino da polícia, no exterior da capital, onde lhe comunicaram que seria acusado de traição. Caso tivesse sido condenado, Hichilema arriscava uma pena de prisão de 15 anos.

Candidato derrotado em cinco eleições presidenciais na Zâmbia, Hakainde Hichilema, também conhecido por “HH”, perdeu em agosto de 2016 para Edgar Lungu. Hichilema contestou os resultados das eleições em tribunal, afirmando que houve fraude, mas o tribunal constitucional validou a reeleição de Lungu, no poder desde 2015.

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