A rede social Facebook está a perder terreno entre os utilizadores mais novos para redes sociais como o Instagram (que pertence à mesma empresa) e o rival Snapchat, garante a mais recente projeção da eMarketer.

Apesar de serem redes rivais – e com funcionalidades muito semelhantes – o Snapchat e o Instagram (comprado pelo Facebook em 2012), registam cada vez mais utilizadores da mesma faixa etária, utilizadores esses que o Facebook tem tido problemas em manter no ativo. Esta constatação pode também significar, de acordo com os autores da projeção, que os utilizadores mais novos têm uma preferência por plataformas que favoreçam a comunicação visual.

Ambas as plataformas têm sucesso com estas faixas etárias uma vez que estão mais alinhadas com a forma como elas comunicam entre si – com conteúdo visual”, acrescentou o analista Oscar Orozco da eMarketer.

De acordo com Orozco, 2017 é o segundo ano consecutivo em que o Facebook regista uma desaceleração nesta faixa etária. Isto não quer dizer que perca utilizadores – aliás, acaba de atingir os 2 mil milhões – mas perde em inícios de sessão e tempo ativo, algo que pode afetar os padrões dos publicitários do Facebook, quando muitos dependem desta faixa etária.

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O Instagram é (ao contrário do Snapchat) uma plataforma fortemente aproveitada para fins publicitários, seja esse negócio moderado pela empresa-mãe ou acordado entre marcas e utilizadores.

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Perder relevância dentro de uma faixa etária tão importante poderia fazer tremer Mark Zuckerberg como varas verdes, mas ajuda quando se é dono dos dois lados da barricada. O Facebook comprou o Instagram em 2012 por mil milhões de dólares, na altura em que a rede social era apenas uma plataforma de partilha de fotografias.

Zuckerberg ainda tentou adquirir também o Snapchat, embora sem sucesso. Agora, a eMarketer prevê que o Snapchat consiga um feito inédito: ultrapassar, até ao fim do ano, o Instagram e o Facebook no total de utilizadores adolescentes (dos 12 aos 17 anos) e jovens adultos (18 aos 24).

Da parte do Facebook, a solução para evitar esta migração em massa das preferências de utilização passou por integrar no Instagram muitos dos selling points do Snapchat, nomeadamente as Stories de 24 horas e os famosos filtros de realidade aumentada.