Os presidentes da Argentina, Uruguai e Paraguai anunciaram esta quarta-feira uma candidatura conjunta à organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2030, que marcará o centenário da competição, organizada pela primeira vez em Montevideo.

O anúncio foi feito após uma reunião em Buenos Aires entre os chefes do Estado do Paraguai, Horacio Cartes, Uruguai, Tabaré Vazquez, e Argentina, Mauricio Macri.

“A primeira reunião [de preparação da candidatura] será organizada nas primeiras semanas de novembro”, adiantou Horacio Cartes, admitindo que outros países terão a pretensão de acolher o evento, mas lembrando que o primeiro Mundial da história foi realizado em 1930, no Uruguai, onde o anfitrião venceu na final a Argentina, por 4-2.

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, encontra-se também na capital argentina e reuniu-se com os três chefes de Estado.

De resto, em março do ano passado, o presidente do Uruguai tinha já transmitido formalmente ao presidente da FIFA o desejo de o seu país de organizar em conjunto com a Argentina o Mundial de 2030, tendo Infantino sinalizado que a organização que dirige estava concentrada apenas no processo de atribuição do Mundial de 2026.

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Na FIFA, a prioridade vai agora claramente para 2026. Mas é muito positivo que exista este interesse por parte de dois países que escreveram a história do futebol”, declarou então.

Embora sem ter oficializado a sua pretensão, também a China manifestou já o interesse em acolher uma próxima edição da competição.

Em setembro do ano passado, o vice-presidente da Federação Chinesa de Futebol, Zhang Jian, declarou: “Todos os amantes chineses do futebol têm um sonho: receber o Campeonato do Mundo na China. Espero que se realize o mais cedo possível, mas a FIFA tem as suas regras e nós respeitamos isso”, disse o candidato a representante da Confederação Asiática de Futebol (AFC) no concelho da FIFA, durante um congresso então realizado em Goa, na Índia.

O Mundial2018 vai ser disputado na Rússia e o de 2022 no Qatar, país membro da AFC, o que, em teoria, impede a China de organizar o Mundial2026, já que a FIFA não permite que o campeonato seja organizado duas vezes seguidas no mesmo continente.

O presidente chinês Xi Jinping já expressou o desejo de que o mais populoso país do mundo receba a maior competição de futebol mundial, mas, do ponto de vista desportivo, a seleção da China continua longe das equipas de topo, ocupando o 62.º lugar no ranking da FIFA.