O ministro das Finanças cessante da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, anunciou esta quarta-feira que vai deixar a vida política, depois de ter revelado que deixará a presidência do Eurogrupo em janeiro. “Vou deixar a política holandesa”, declarou o trabalhista numa carta dirigida à presidente da Câmara Baixa do Parlamento, acrescentando que já não tem “a força” necessária contra o partido na oposição.

O Partido Trabalhista, a segunda força no Parlamento cessante holandês, passou de 38 para nove deputados.”O meu partido deve seguir em frente. Cheguei agora à conclusão que neste papel, nesta fase, não tenho o poder de fogo” necessário, explicou, sublinhando que a saída, prevista para 25 de outubro, será difícil para ele. Os quatro países envolvidos nas negociações mais longas da história do país para formar um governo anunciaram na terça-feira que chegaram a um acordo, sete meses após as legislativas.

Na segunda-feira, o ministro das Finanças holandês anunciou que vai deixar a presidência do Eurogrupo em janeiro, deixando vago um dos cargos mais importantes da zona euro. Na sequência da sua polémica entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, na qual afirmou, referindo-se aos países do sul da Europa, que “não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda”, o Governo português reclamou a sua demissão do cargo, mas Dijsselbloem recusou abandonar o posto antes do final do seu mandato.

O Eurogrupo, fórum informal de ministros das Finanças da zona euro, é presidido desde 2013 por Dijsselbloem, que termina o seu (segundo) mandato em janeiro de 2018.

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