A Polícia Judiciária (PJ) Militar recuperou o material militar roubado da Base Militar de Tancos, confirmou o Observador junto de fonte daquela força. Terão sido recuperadas 44 armas de guerra, granadas de mão ofensivas, granadas foguete anticarro, granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, faltando apenas encontrar as munições de 9mm.

O material foi apreendido na Chamusca, após denúncia anónima, revela a RTP. O material estaria a menos de 30 quilómetros da base militar de Tancos onde as armas e explosivos desapareceram este verão. De acordo com o Público, o material de guerra foi encontrado em caixas deixadas escondidas num terreno a céu aberto.

Em comunicado, a PJ Militar confirmou que “recuperou esta madrugada na região da Chamusca, com a colaboração do núcleo de investigação criminal da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Loulé, o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos”.

“O material recuperado já se encontra nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do Exército, onde está a ser realizada a peritagem para identificação mais detalhada”, detalha o comunicado da PJ Militar.

Segundo o Expresso, a Polícia Judiciária — que lidera a investigação do caso — só foi informada do aparecimento do material “a meio da manhã”.

PS chama ministro da Defesa de urgência para explicar descoberta das armas

O PS anunciou que vai chamar com caráter de urgência o ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, à Comissão Parlamentar de Defesa, na sequência da interceção pela Polícia Judiciária Militar do material roubado na base de Tancos.

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Este requerimento da bancada socialista foi transmitido à agência Lusa por fonte oficial da direção do Grupo parlamentar do PS.

Os Paióis Nacionais de Tancos foram assaltados no dia 28 de junho. Foram levadas granadas, lança-rockets e explosivos, entre outro armamento de guerra que, segundo o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, teria um valor de compra de 34 mil euros.

A investigação ao furto está a cargo da Polícia Judiciária e o processo corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, estando em causa suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional.

O assalto tem motivado a discussão em torno da atuação do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, que foi ouvido no Parlamento logo após o incidente. Ao mesmo tempo, o assalto deu origem a uma crise no Exército com trocas de acusações entre generais.

A polémica em torno do ministro Azeredo Lopes aprofundou-se no mês passado, quando o governante assumiu, numa entrevista, que poderia em última análise nem sequer ter havido furto.

Notícia em atualização