O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, admitiu esta terça-feira que o racionamento de água, devido à seca, é “uma hipótese teórica”, mas não faz qualquer sentido pensar nessa medida agora, porque está “no fim da linha”.

“As medidas de racionamento [de água] estão no fim do fim da linha e não faz nenhum sentido pensar nelas agora. Estamos a fazer tudo para que a água nunca falte, em conjunto com as autarquias, e o que é fundamental é as pessoas pouparem água”, disse o ministro, em Évora.

Questionado pelos jornalistas sobre a entrevista do secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, publicada esta terça-feira no jornal i, em que admite o racionamento de água à noite, João Pedro Matos Fernandes disse tratar-se de uma “hipótese teórica”.

O secretário de Estado, na entrevista, de acordo com o ministro, “admite a vaga possibilidade” desse racionamento de água, “durante algumas horas” por dia, em “algumas autarquias onde a água está mesmo quase, quase a faltar” e “em situações muito específicas”.

A suspensão da água durante a noite é “uma hipótese teórica. Não é esse o nosso caminho”, afirmou, esclarecendo também, caso a medida tenha de avançar, “não é o Governo que raciona”.

“A decisão é sempre da autarquia” e trata-se de uma decisão sobre a qual o Governo tem “quase a certeza” de que não vai ser necessária, frisou o ministro, que falava aos jornalistas à margem da sessão de abertura da edição deste ano do Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento (ENEG), que hoje arrancou na cidade alentejana.

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