O investimento em imobiliário comercial em Portugal terá ascendido a 1.900 milhões de euros em 2017, cerca de 50% mais do que o valor registado no ano transato. Esta é a estimativa da consultora JLL Portugal, que constata que nos mercados de habitação, escritórios, retalho e hotelaria, 2017 foi um ano de forte crescimento nas transações e de um “aumento evidente dos preços e rendas”.

“2017 foi um ano espetacular para o mercado imobiliário em Portugal. Já não estamos a falar de um percurso de recuperação, mas sim de expansão”, afirma Pedro Lancastre, diretor-geral da JLL Portugal, em comunicado de imprensa difundido esta quinta-feira.

O responsável defende que “no investimento e na atividade de ocupação e venda de escritórios, habitação e hotelaria, atingiram-se volumes de negócios e crescimento de valores que superam máximos atingidos no mercado. É um crescimento sustentado e sustentável, porque as fontes de procura são hoje muito mais diversificadas e o posicionamento de Portugal na captação de capital internacional não é conjuntural”.

Além do crescimento no setor empresarial, a consultora assinala que o mercado residencial segue com uma média de crescimento em torno dos 20% em número de alojamentos vendidos (dados do INE até ao terceiro trimestre) quer para o total de Portugal quer para Lisboa, onde se regista um aumento médio de preços na ordem dos 11%.

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O segmento premium mantém-se como um dos mais dinâmicos e apresenta, em média, valorizações dos preços de 10% a 20% nas principais zonas de Lisboa, com algumas zonas a apresentarem subidas superiores 30%. Com um valor médio de venda na ordem dos 630 mil euros para este tipo de produto em Lisboa, a amostra de transações residenciais concluídas pela JLL em 2017 demonstra que portugueses e estrangeiros protagonizam as vendas em partes iguais (50% cada).”

A JLL Portugal sublinha que é “óbvia a diversificação da origem dos compradores, com cerca de 50 nacionalidades a adquirirem casas em Lisboa ao longo de 2017”.

Neste contexto favorável, a empresa diz ter tido o melhor ano de sempre desde que está em Portugal, “quase duplicando o crescimento médio anual dos últimos dois anos”. “Este ano excecional para a empresa e para o mercado imobiliário espelha também o contexto económico favorável e que surpreendeu pela positiva, numa altura em que as agências de notação reviram em alta o rating da dívida portuguesa. A conjugação destes fatores impulsionou o crescimento económico, a confiança internacional, o financiamento e o investimento”, remata Pedro Lancastre.