A Coreia do Norte diz ter um botão nuclear muito grande. Donald Trump diz ter um botão nuclear ainda maior e mais potente. E as autoridades hawaianas têm um botão nuclear demasiado ansioso. Certo é que todos nós temos um botão de que vale a pena manter as mãos o mais longe possível. E hoje em dia esse botão pode ser o simples e tão comum “like” no Facebook. Dizem alguns especialistas na matéria que clicar no “gosto” errado pode ser o suficiente para lançar uma bomba nuclear numa relação. E nem sequer precisa de chegar àquela fase do batom vermelho na camisa ou do perfume estranho no casaco.
Martin Graff, psicólogo da Universidade de South Wales, criou um conceito que pode vir a abalar tudo aquilo que se julga ser as fronteiras da traição: o micro-cheating. Segundo ele, entram nesse conceito todos aqueles comportamentos aparentemente inofensivos que algumas pessoas podem achar perigosos para uma relação — a maior parte dos quais ocorre nas redes sociais. É aquele gosto numa foto provocadora da qual não devia gostar. É aquele emoji com coraçõezinhos no lugar dos olhos que não devia enviar. Ou a mensagem que decidiu apagar para apagar o rasto de um mal-entendido, mas deixou muito à vista.
Claro que nem toda a gente acha estranho que a pessoa com quem está mantenha um contacto saudável com o ex-companheiro. Nas redes sociais, há quem defenda que ver comportamentos como estes como traição pode até alimentar casos de abusos e violência nas relações amorosas. Certo é que Facebook, Instagram e outras redes sociais podem ter vindo mudar o conceito da traição. E, para o micro-cheating, a traição pode ser muito mais subtil do que parece.
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