Maelys de Araújo, luso-descendente de nove anos, desapareceu de um casamento em Pont-de-Bonvoisin, França, em agosto de 2017. O principal suspeito do rapto de Maelys, Nordahl Lelandais, está preso preventivamente desde então, tendo por diversas vezes o seu advogado pedido a sua libertação, alegando que não há quaisquer provas do envolvimento de Nordahl no desaparecimento de Maelys Araújo

Contudo, escreve o jornal Le Parisien, os pais de Maelys de Araújo (nomeadamente a mãe, Jennifer Cleyet-Marrel, através de pormenores do vestido que a criança utilizava naquele dia) conseguiram identificar a filha nas imagens de videovigilância que mostram o carro de Nordahl Lelandais (Maelys seguiria no lugar do “pendura”) a abandonar o local do casamento por volta das 02h45 — quando este regressou, viajava já sozinho no Audi A3.

Agora, os pais de Maelys de Araújo pedem que o suspeito volte a ser ouvido por um juiz em tribunal e confrontado com as imagens de videovigilância onde surge, alegadamente, a filha.

Recorde-se que Nordahl Lelandais foi condenado a um ano de prisão em 2008 por ter incendiado um restaurante na região de Isère – tendo cumprido a pena em casa, com recurso a pulseira eletrónica. Em 2002, então com 19 anos, o Nordahl ingressou no Exército francês, acabando expulso por “comportamento psicológico instável”.

Os investigadores acreditam que Nordalh Lelandais pode, afinal, tratar-se um serial killer, estando nesta altura a encontrar provas que o incriminem em outros oito homicídios ou desaparecimentos – incluindo o de outra menor, Estelle Mouzin, também de nove anos, que desapareceu de Seine et Marne, na zona de Paris, em 2003.

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