O Futebol Clube do Porto, impedido pelo Tribunal da Relação do Porto de divulgar mais emails relacionados com o Benfica, vai apresentar queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) por considerar que existe uma violação do “interesse público” e do direito à “liberdade de expressão”.

O anúncio foi feito na terça-feira pelo director de comunicação do clube, Francisco J. Marques, no programa “Universo Porto da Bancada”, do Porto Canal. Francisco J. Marques afirmou que o Porto se “submete às decisões do tribunal, embora discorde em absoluto” e considere que “põe em causa princípios básicos da democracia ao cortar a liberdade de expressão.”

Francisco J. Marques comparou o caso dos emails a outros casos “que têm sido conhecidos através da divulgação de matéria classificada”, referindo-se depois ao Wikileaks e aos “Panama Papers”. O director de comunicação dos “dragões” garante que o clube não vai deixar de “de combater pela razão” que tem em fazer as divulgações por achar que está “na presença de práticas muito irregulares que devem ser denunciadas”. “Daí o recurso para o Tribunal dos Direitos do Homem”, disse.

A decisão do Tribunal da Relação do Porto, que foi conhecida no passado dia 21 de fevereiro, foi tomada após o Benfica ter apresentado uma providência cautelar para que os emails deixassem de ser divulgados. Em caso de violação da decisão, o FC Porto arrisca-se a pagar uma multa de 200 mil euros por cada email que seja divulgado, valor que J. Marques disse ser “desproporcional”.

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