Esta descoberta corre o risco de ser o pontapé que faltava, para dar à mobilidade eléctrica um valente empurrão. Uma equipa de investigadores de Warwick, uma das principais universidades do Reino Unido, estuda há vários meses a vida das baterias de iões de lítio, e acaba de descobrir que, afinal, estas podem ser recarregadas até cinco vezes mais depressa, sem quaisquer riscos de explosão.

Vamos por partes. Até agora, a posição dos fabricantes automóveis a este respeito tem sido conservadora, no sentido em que nenhum construtor tem a veleidade de extrair o potencial máximo das baterias, porque não quer correr riscos. Basicamente, se as baterias ficassem danificadas por excesso de aquecimento ou, na pior das hipóteses, explodissem, ia pelo ar (também) a imagem da marca… Depois, convém lembrar que os fabricantes têm de oferecer uma garantia sobre as baterias, em média, de oito anos.

A conclusão a que chegaram agora os estudiosos britânicos pode, por isso, constituir um enorme avanço. Mas só até certo ponto. Passamos a explicar: recorrendo a uma sonda de fibra óptica, para medir a temperatura interna das baterias de um Tesla, os investigadores verificaram que os módulos podem ser submetidos a um aumento da temperatura, sem que tal comprometa a integridade do componente. Ou seja, concluíram que os tempos de recarga podem ser muito mais eficazes (curtos) num futuro próximo. É uma boa notícia que terá de conviver com aquilo que já se sabe: quanto mais intensivo for o uso das baterias, menor será o seu tempo de vida, ou menor o número de ciclos carga/descarga. E a própria reciclagem das baterias é um domínio onde aí há muito caminho por fazer…

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