Depois de 11 anos encerrada ao público, a Capela das Albertas, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), vai poder voltar a ser visitada. Os trabalhos de restauro já começaram no antigo Palácio dos Condes de Alvor, na Rua das Janelas Verdes, e, de acordo com a edição do jornal Público desta quarta-feira, o espaço deverá ser novamente aberto por altura do Natal para que o público possa acompanhar os trabalhos de conservação. A abertura “em pleno”, porém, só deverá acontecer em finais de 2020, altura que o restauro deverá ser terminado.

Numa primeira fase, serão restaurados os azulejos que revestem igreja, processo que deverá estar concluído nos próximos dois meses. Depois, seguir-se-á as outras zonas da capela, fechada desde 2007 por razões de segurança devido ao seu estado de degradação. O restauro está orçamentado em 250 mil euros mas o diretor do MNAA, António Filipe Pimentel, acredita que o valor possa vir a subir para os 300 mil euros, uma vez que é natural que surjam “surpresas desagradáveis” à medida que a obra avança, admitiu ao Público. Destes 250 mil euros, 25 mil são provenientes da European Fine Art Foundation (TEFAF), organizadora da prestigiada Feira de Arte e Antiguidades de Maastricht.

Para que o processo corra dentro do calendário estipulado, António Filipe Pimentel espera contar também com a ajuda do público. Em breve, será lançada uma campanha de crowdfunding para financiar o restauro do Presépio dos Marqueses de Belas, atualmente fechado numa sala de acesso à Capela das Albertas. Segundo o Público, o MNAA espera reunir “cerca de 40 mil euros” que ajudarão a restaurar a obra do escultor José de Barros. Os trabalhos deverão terminar em outubro e o presépio deverá ser exposto ainda neste Natal.

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