Tudo aconteceu durante uma entrevista ao The Guardian em que Antonio Banderas falava sobre a interpretação que vai fazer de Picasso na segunda temporada da série “Genius” da National Geographic. O jornalista perguntou ao ator e realizador natural de Málaga qual achava que seria a posição do pintor cubista caso vivesse nos tempos de hoje e se deparasse com a questão da independência da Catalunha. Antonio Banderas respondeu: “Eu acho que Picasso teria ficado do lado da lei, da Constituição”. E ainda duvidou da existência dos 900 feridos que resultaram de confrontos no dia do referendo da independência.

Antonio Banderas admitiu assim estar contra a independência da Catalunha, algo que reforçou ao afirmar: “Eu entendo o romantismo de muitas pessoas, a vontade política. A Constituição permite que eles tenham um referendo real, mas têm um obstáculo na frente deles chamado democracia”. Quando o jornalista lhe perguntou sobre a onda de violência que envolvia a questão catalã, que feriu 900 pessoas a 1 de outubro, o ator acrescentou: “Se eu decidir levar meus filhos e avós como escudos em violação da lei, as forças terão que enfrentar os meus filhos e os meus avós”. É um pouco curioso, não é? Onde eles estão?”.

Antes de responder ao jornalista do The Guardian, Antonio Banderas previu que aquelas respostas lhe iriam “meter em problemas”. E meteram mesmo: vários defensores da independência da Catalunha aproveitaram as redes sociais para criticar a tomada de posição do ator e para insultar Antonio Banderas por ter duvidado da existência das vítimas de 1 de outubro. “Picasso pintou Guernica como um protesto contra a barbárie franquista e tu… mencionar esse grande artista fica-te bem. Sempre foste um arrivista e um péssimo ator também. De certeza que apoias o Trump”, escreveu Laura Sánchez no Twitter.

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