O clássico entre Benfica e FC Porto teve muito de tática, com os encarnados por cima na primeira parte e os dragões a serem mais fortes após o intervalo. Depois, houve também a questão da intensidade física, onde as águias tiveram uma clara quebra com o passar dos minutos. Mas o resumo do jogo também pode ser feito pelos remates que demoraram a surgir mas depois vieram em força. Com boa pontaria, falta de pontaria e excesso de pontaria. Até que Herrera teve pontaria a sério no último tiro.
Assim, e no arranque do encontro, nota para três grandes lances entre os 20 e os 25 minutos: Rafa, com um ângulo completamente fechado, acertou no poste (apesar de Casillas parecer ter a situação controlada); pouco depois, na melhor jogada coletiva de envolvimento das duas equipas, Cervi ganhou espaço descaído sobre a esquerda na área mas o guarda-redes espanhol estava atento; por fim, no primeiro remate do FC Porto, Marega ganhou em profundidade e Soares atirou ao lado da baliza de Bruno Varela.
Todavia, a primeira parte teria um final verdadeiramente frenético, com Casillas a roubar um golo feito a Pizzi na melhor defesa do encontro e Marega, na jogada seguinte, a atirar perto do poste da baliza de Bruno Varela.
A segunda parte começou ao contrário, com Bruno Varela a ter uma grande intervenção a remate de Marega que surgiu solto na área descaído sobre a direita. O encontro entrou depois numa fase com menos oportunidades, até que Brahimi teve um lance de génio mas o tiro passou a rasar o poste.
O nulo parecia ser o desfecho final quando Herrera mostrou o que é ter pontaria a sério: com um fantástico pontapé de fora da área, o mexicano não deu hipóteses e apontou o golo do triunfo azul e branco. No jogo, pelo menos. E talvez no Campeonato, como poderemos ou não confirmar nas últimas quatro jornadas.