Duas mulheres foram detidas na região de Paris, no âmbito do inquérito sobre o atentado jihadista com recurso a uma faca e que resultou num morto no sábado, anunciou o procurador de Paris, François Molins.
As duas mulheres são próximas de Khazat Azimov, o autor do ataque, segundo o mesmo procurador.
Uma das mulheres, radicalizada aos 19 anos, casou-se religiosamente com Abdoul Hakim, um dos amigos de Khazat Azimov, antes de tentar partir para a Síria, adianta a Agence France-Press, citando fonte próxima do inquérito.
O ataque deste sábado resultou na morte de um jovem de 29 anos e causou quatro feridos na zona da Ópera de Paris, no centro da capital francesa.
Atacante de Paris estava sinalizado como potencial ameaça à segurança
Pouco antes das 21h locais (20h em Lisboa), um homem esfaqueou peões indiscriminadamente e gritou “Allah Akbar” (Alá é grande) na rua Monsigny, entre as movimentadas zonas da Ópera de Paris. O agressor foi abatido pela polícia, minutos depois, na mesma zona.
O Estado Islâmico (EI) assumiu a ação num breve comunicado difundido pela agência Amaq, próxima do grupo terrorista, cuja autenticidade não pôde ser confirmada, e no qual assegura que o atentado foi praticado por “um soldado do Estado Islâmico”.
Fontes próximas do inquérito, citadas pela AFP, afirmaram que o francês nascido na Chechénia estava classificado com uma ficha “S” (para segurança do Estado).
Não tinha antecedentes criminais, mas figurava nos ficheiros dos serviços secretos que incluem mais de 10.000 pessoas, entre as quais radicais islâmicos e com ligações a movimentos terroristas, bem como ‘hooligans’ e membros de grupos da esquerda radical ou da extrema-direita.