A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) aprovou 58 planos de emprego científico, incluindo mais de 400 contratos para investigadores doutorados através de planos de emprego científico a dinamizar diretamente pelas instituições científicas e académicas.

Segundo um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior divulgado esta sexta-feira, estes são os resultados do primeiro concurso público para o apoio ao desenvolvimento de planos de emprego científico e desenvolvimento de carreiras científicas por instituições académicas e científicas. Os contratos serão concretizados nos próximos meses diretamente através das instituições, adiantou o Ministério.

De acordo com o comunicado, os planos aprovados incluem 221 contratos no âmbito de carreiras de investigação e académica, cofinanciados pela FCT, e contratos de trabalho para investigadores em diversas categorias, totalmente financiados pela FCT.

A distribuição de novos contratos foi repartida por investigadores juniores (16%), investigadores auxiliares (20%), investigadores principais (8%), investigadores coordenadores (1%), investigadores de Carreira (13%) e docentes de carreira (42%).

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A avaliação das candidaturas foi feita com base num painel internacional coordenada por dois antigos reitores e presidentes do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas e António Cunha, tendo incluindo ainda vários professores. “O procedimento concursal foi inédito em Portugal, tendo sido resultado da implementação do Programa de Estímulo ao Emprego Científico”, refere o comunicado.

O Governo salienta que foram valorizadas as práticas institucionais de promoção de emprego científico e as suas estratégias futuras, nomeadamente das instituições, ou redes entre instituições, que articulam e estimulam a colocalização de atividades investigação e desenvolvimento, de inovação e de ensino superior.

Os planos de emprego científico agora aprovados devem assegurar a garantia de rejuvenescimento e de reforço de carreiras, assim como reforçar a articulação entre as atividades científicas e de ensino superior nas instituições científicas e académicas.

“O processo vem ainda reforçar, de forma inédita em Portugal, a capacidade da autonomia das instituições académicas e de ensino superior em desenvolverem estratégias científicas autónomas e próprias, através da contratação de investigadores doutorados e o desenvolvimento de carreiras científicas e de docência próprias, concretizando uma importante orientação do Programa de Governo e explicitamente incluída nas recomendações da OCDE a Portugal, no âmbito da Avaliação concluída e divulgada no início de 2018”, conclui o Ministério.