António Saraiva não se compromete com valores, mas diz que a sociedade portuguesa pode ter uma surpresa nas negociações do salário mínimo para 2019. E é bem possível que as associações patronais apresentem um valor acima dos 600 euros, o objetivo do governo. “Os 600 euros são a meta do governo, mas provavelmente se continuarmos neste desenvolvimento, nesta garantia de manutenção e nas alterações que desejamos produzir ao nível da melhoria dos factores de produção então é possível que esse valor até possa vir a ser melhorado”, afirmou o presidente da CIP em entrevista ao Jornal de Negócios/Antena 1.

“Cada uma das confederações está a fazer o seu trabalho de casa”, explicou o patrão da indústria. “Pode haver uma surpresa e não ficarmos confinados a um valor de 600 euros”, acrescentou.

António Saraiva garante que os patrões não são contra o aumento do salário mínimo, ao contrário da ideia generalizada. O que é importante, salienta, é “indexar os salários à produtividade e ao crescimento económico”. Se ela existir, os salários “podem e devem subir”.

“Que o salário mínimo é baixo todos o reconhecemos. Que deve ser melhorado, todos os desejamos e por isso provavelmente as confederações patronais vão surpreender a sociedade portuguesa na próxima discussão” na Concertação Social, avisa.

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