Angola fechou esta quinta-feira dois financiamentos, no total de 280 milhões de dólares (239,5 milhões de euros), atribuídos pelo grupo Banco Mundial, adicionais ao segundo Projeto de Desenvolvimento Institucional para os setores da água e da agricultura comercial.
O acordo de financiamento foi rubricado em Luanda, entre o ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, e o representante do Banco Mundial em Angola, Olivier Lambert.
Na sua intervenção, Olivier Lambert referiu que o financiamento adicional de 150 milhões de dólares (128,3 milhões de euros) vai contribuir para aumentar a cobertura do serviço de abastecimento de água e nove cidades angolanas, Lubango (província da Huíla), Ndalatando (Cuanza Norte), Dundo (Lunda Norte), Luena (Moxico), Cuito (Bié), Huambo (Huambo), Malange (Malange) e Uíge (Uíge).
Trata-se de um financiamento através do International Bank for Reconstruction and Development (IBRD), do grupo Banco Mundial, e visa ainda alargar as atividades de apoio e reforço institucional ao subsetor do saneamento, através da implementação de um projeto-piloto, sendo beneficiários 1,2 milhões de pessoas nas nove cidades citadas, com serviços públicos de ligação de água domiciliária.
No que se refere ao Projeto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial, Olivier Lambert disse que os 130 milhões de dólares (111,2 milhões de euros) vão contribuir para o aumento da produtividade e o acesso ao mercado dos beneficiários elegíveis ao longo dos corredores rodoviários Luanda-Bengo-Cuanza Norte-Malange e Luanda-Cuanza Sul-Huambo e norte da Huíla, principais elos de ligação da área agrícola do planalto central aos mais importantes mercados urbanos de Luanda.
“Para além da assistência técnica e do apoio financeiro aos agricultores elegíveis e às pequenas e médias empresas do setor das agroindústrias nas áreas do projeto, este apoiará as infraestruturas rurais e um ambiente favorável à agricultura comercial”, referiu o representante do Banco Mundial em Angola, salientando que este projeto deverá dar um forte contributo para a agenda de diversificação económica do Governo angolano.
Segundo Olivier Lambert, este projeto conta ainda com o cofinanciamento da Agência Francesa de Desenvolvimento, um empréstimo de 79 milhões de euros. Por sua vez, o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira, disse que o financiamento vai ajudar o país, que enfrenta o grande desafio da diversificação da economia, ma medida em que são projetos que estão enquadrados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022.
Archer Mangueira salientou que com estes projetos estão a ser seguidas premissas do Estado angolano, no sentido da captação de financiamentos externos, para colmatar o défice existente de poupança interna. “Vamos agora pedir aos setores para que implementem esse projeto com rigor, que criem também capacidades institucionais, que permitam uma gestão eficiente dos recursos que serão postos à disposição”, frisou.