Estão escolhidos os novos membros da Direção Nacional da Polícia Judiciária. O diretor, Luís Neves, que tomou posse em junho, indicou para os lugares de adjuntos Carlos Farinha, Veríssimo Milhazes e Luísa Proença — que será a segunda mulher a ocupar o cargo, com o pelouro financeiro.

Luísa Proença regressa aos quadros da PJ, deixando o lugar de responsável pelos fundos europeus para a Justiça, no gabinete da secretária de Estado, que ocupava desde 2015. Segundo a nota curricular, publicada em Diário da República, “acompanhou a preparação dos procedimentos de contratação pública necessários à execução das candidaturas a Fundos Europeus dos organismos do Ministério da Justiça, nomeadamente da Polícia Judiciária, bem como a preparação e execução dos respetivos modelos financeiros”.

Carlos Farinha sai do Laboratório de Polícia Científica, que dirigia há 9 anos. Em maio, o LPC foi distinguido nos Estados Unidos com o prémio Bill White, destinado a eleger o melhor trabalho em 2017, no âmbito da identificação por impressões digitais. O caso premiado surgiu no âmbito de uma investigação a pornografia infantil na Internet. Farinha vai ser substituído por Alexandra André, até agora Coordenadora de Investigação Criminal, especialista na investigação dos chamados crimes de cenário, como os homicídios.

A direção nacional fica completa com Veríssimo Milhazes, que ocupava o cargo de diretor da Unidade de Informações Criminais (UIC). Com uma carreira de mais de 20 anos nos quadros da PJ, Milhazes coordenou várias secções, como as dos crimes sexuais, incêndios e homicídios. Será substituído na UIC por Alfredo Esberard, que deixa a Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo que, por sua vez, passa a ser dirigida por Carla Falua, antiga diretora da Escola da PJ.

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Da Unidade de Telecomunicações e Informática sai Sotero Freitas. O novo diretor será João Martins, um especialista superior que, tal como Luísa Proença, regressa aos quadros da Polícia Judiciária, deixando o Ministério da Economia, onde dirigia os Serviços de Sistemas de Informação.

A última nomeação é para o cargo deixado vago pelo diretor nacional. Luís Neves dirigia a Unidade Nacional Contra Terrorismo e escolheu também uma mulher para o substituir — Manuela Santos, até agora coordenadora de investigação criminal, com a área terrorismo, que foi o rosto da operação que levou à detenção de 58 elementos do grupo motard Hells Angels, a 11 de julho.

Todos tomam posse esta sexta-feira, na Sede da Policia Judiciária, numa cerimónia presidida pela Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

[Notícia corrigida às 13h47]