A 22.ª edição da Viagem Medieval arranca em Santa Maria da Feira na próxima quarta-feira e este ano reorganiza alguns espaços do recinto para acomodar mais público nos espetáculos e tornar mais fluidas as áreas de restauração.
Até 12 de agosto, a recriação histórica que resulta de um investimento de 1,3 milhões de euros, e que a organização garante ser “100% autossustentável”, vai recriar o reinado de D. Pedro I com recurso ao trabalho diário de mais de 2.000 pessoas e à apresentação de 67 espetáculos por jornada, num total de 1.692 exibições ao longo do evento.
Considerando que isso deverá atrair aos 33 hectares do recinto cerca de “700 mil visitantes” durante os 12 dias do programa, já foi instalada uma bancada adicional de 580 lugares na margem do rio Cáster que serve de plateia aos espetáculos-âncora e reorganizou-se também a disposição das tabernas alojadas nas praças alimentares do Orfeão e das Piscinas Municipais, para que essas possam acomodar mais mesas e bancos.
O conceito deste ano é abertura, abrir o espaço, abrir a mais público, abrir a mais comodidade”, declarou à Lusa o diretor-geral do evento, Paulo Sérgio Pais.
E acrescentou: “queremos que as pessoas possam ter usufruto pleno dos conteúdos e estamos a reforçar as condições para isso”.
Com entrada a preços entre os 2,5 e os 4,5 euros no caso dos bilhetes diários e a sete ou oito euros consoante a data de aquisição de uma pulseira livre-trânsito, ao que poderá acrescer o custo de acesso opcional a certas áreas temáticas, a Viagem Medieval passa assim a acolher cerca de 2.500 pessoas em lugares sentados durante os principais espetáculos no prado ribeirinho junto à mata das Guimbras.
Segundo Paulo Sérgio Pais, os bancos de madeira aí instalados já em anos anteriores acomodavam “umas 1.700 pessoas”, ao que se somavam ainda 200 na bancada VIP que a organização reserva para convidados, mas a essas estruturas junta-se agora mais uma bancada metálica de 580 lugares dispostos por 13 filas com grande inclinação.
Além de assegurar maior comodidade a mais gente, esta disposição da plateia replica a de um anfiteatro semicircular, o que garantirá a todos melhores condições de visibilidade nos espetáculos das 18h30, das 21h30 e das 23h30″, refere o diretor-geral da Viagem.
Quanto às praças alimentares da Nau, do Orfeão e das Piscinas Municipais, onde se concentra a maior parte das tabernas disponíveis no evento, esses terreiros foram reorganizados para garantir melhor circulação ao público e assegurar mais lugares para saborear os petiscos medievais, muitos deles confecionados por equipas afetas a coletividades do município.
Na Praça da Nau, em frente à antiga estalagem, tirámos as tabernas e mudámos a disposição das bancas de artesanato, para se circular melhor e dar mais espaço aos artistas”, descreveu Paulo Sérgio Pais.
Logo atrás, na outra margem do rio, também será agora aberto ao público um novo terreno em socalcos que, com animação e regatões, funcionará “como uma extensão do Povoado”.
A maior transformação será, no entanto, nas duas praças seguintes, começando pela do Orfeão, onde parte das tabernas será deslocada até à parede da piscina para se alargar o terreiro de permeio e nele se integrar o muro baixo que antes dividia o espaço e agora funcionará como um extenso banco.
Nessa reorganização, o fraldário da Viagem também recua e é transferido para junto da entrada nas piscinas, ganhando assim “mais sossego e privacidade”.
Já na última praça alimentar nessa margem do Cáster, a reorganização das tabernas visa integrar as árvores na área de estadia e animação, o que também alarga o espaço disponível para refeições.
No total, estas reorganizações de tabernas e bancas de regatões e artesãos permitirá “aumentar em 50%” o número de mesas e bancos disponível este ano nas praças do Orfeão e das Piscinas, pelo que essas áreas ficarão com uma capacidade estimada em 1.100 lugares sentados.