A investigação ao Dieselgate continua na Alemanha, numa fase em que é cada vez mais evidente que os investigadores suspeitam que existiu um conluio entre uma série de indivíduos, com cargos a nível da administração e direcção, no sentido de incrementar as vendas, manipulando os resultados das emissões, pois dessas vendas dependiam os seus prémios anuais e a valorização das acções.

Há muitos suspeitos e há ainda mais quadros e ex-quadros do Grupo Volkswagen a serem investigados. Mas, até ao momento, Rupert Stadler é o mais importante elemento da empresa a estar preso. E deve esta sua posição, a que foi “promovido” em Junho, ao facto de, entre outros pormenores, ter sido acusado de tentar manipular as provas incriminatórias contra si e outros elementos da empresa. Sendo este o motivo que levou o juiz a negar-lhe a possibilidade de aguardar o julgamento em liberdade.

Stadler está detido na prisão de Augsburg, no Sul da Alemanha. De início ainda colaborou com a justiça, mas rapidamente se remeteu ao silêncio.

A administração do Grupo Volkswagen e da Audi continua a argumentar que os elementos que integravam a direcção da empresa, como Stadler, não estavam a par do software que manipulava as emissões, que só em multas e reparações já custou mais de 25 mil milhões de euros. Não é contudo evidente quem, de acordo com a sua opinião, terá encomendado 11 milhões destes dispositivos maliciosos e, com eles, equipado outros tantos veículos.

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