Os portugueses vão pagar menos IRS depois da aprovação do próximo Orçamento de Estado. E o IVA da electricidade vai baixar, mas ainda não se sabe se será de 23% para 13% ou para 6%. Marques Mendes deu esta noite no seu comentário algumas novidades sobre o próximo Orçamento de Estado.
Se “as pensões até 857 euros (2 indexantes sociais) terão, por força da lei, um aumento real de 0,5%, beneficiando cerca de 2/3 dos reformados”, as outras pensões, de valor superior, também vão subir, mas o valor depende das negociações com os parceiros.
Aumentarão também as verbas para os serviços públicos, designadamente a Saúde, a Cultura e a Ciência. E está em estudo a eventual atualização de salários na função pública e a decisão de novas contratações, dependendo das negociações entre o governo e os parceiros.
O comentador da SIC aproveitou também a divulgação pelo INE dos dados do crescimento do PIB (2,3%) no segundo trimestre de 2018. Apesar de estarmos há 19 trimestres consecutivos a crescer, e uma décima acima da média europeia, Marques Mendes frisou que só há 6 países que crescem menos do que Portugal.
Partido de Santana: bom nome, mas sem novidade
Marques Mendes analisou ainda as novidades sobre o partido de Santana Lopes. Elogiou o nome, Aliança, que considerou sugestivo e politicamente apelativo, mas criticou o conteúdo para já conhecido: “Quanto aos princípios e ideias orientadoras, é tudo mais do mesmo. Não tem novidade!”
Notou no entanto com curiosidade o “nervoso miudinho” de PSD e CDS: “Não o dizem mas estão preocupados com a divisão no espaço do centro-direita”. Já o PS “está feliz e satisfeito”: “Esfrega as mãos de contente! Eu diria mesmo que nunca o PS esteve tão em sintonia com Santana Lopes como agora. No fundo, o PS acalenta a esperança que o novo partido sirva para desgastar a fragilizar ainda mais o PSD”.
Marine Le Pen: Paddy Cosgrave mal
Quanto a outra polémica do início da semana, Marques Mendes achou que o Governo fez bem em não se meter no convite da Web Summit a Marine Le Pen, mas criticou Paddy Cosgrave: “Acho que o líder da Web Summit andou mal sempre – no princípio, no meio e no fim.” Ou seja, entende que não a devia ter convidado, não devia ter posto a decisão do desconvite nas mãos do governo e não a devia ter desconvidado. “Primeiro, porque fica a sensação de que quis agradar ao patrocinador do evento. Depois, porque fica a certeza de que cedeu perante as pressões públicas que lhe foram feitas. Finalmente, porque nunca mais é completamente livre para convidar quem quer que seja. A partir de agora, fica a ideia que fará uma lista prévia de convites, submetê-la-á ao patrocinador e só depois formalizará os convites.”