A companhia aérea Ryanair arrisca-se a ter de pagar uma compensação de 33 milhões de euros aos 120 mil passageiros afetados pela greve de nove dias dos seus trabalhadores durante o mês de julho, estimou esta terça-feira o portal Airhelp. A diretora de comunicação global desta plataforma, Paloma Salmerón, explicou, citada pela Efe, que é o momento de compensar os milhares de passageiros “cujos planos de férias foram destruídos pela má gestão da companhia aérea nos últimos meses”.
A responsável argumentou que os cancelamentos e atrasos dos voos da companhia aérea ‘low-cost’ (baixo custo) irlandesa se traduziram este verão “numa das mais caóticas [épocas] da história”. Airhelp, tecnológica que presta serviços jurídicos para passageiros que viram os voos cancelados, alertou que as companhias aéreas que “correm o risco de sofrer grandes interrupções” de voos durante a época alta devem cumprir com a sua obrigação legal de compensar os passageiros dos constrangimentos causados.
A Agência Estatal de Segurança Aérea (AESA) espanhola alertou antes e depois das greves na Ryanair de que todos os passageiros cujo voo tenha sido cancelado menos de duas semanas antes, “independentemente do que tenha sido dito pela companhia aérea”, têm direito a reclamar uma indemnização que vai desde 250 a 600 euros pelos prejuízos causados.
A greve da Ryanair levada a cabo pelos tripulantes de cabine em Espanha em 25 e 26 de julho também foi realizada em Portugal e Bélgica. Além disso, no dia 25 de julho houve uma greve de 24 horas convocada pelos sindicatos italianos de pilotos e de tripulantes de cabine.