Mais de 50 táxis foram encontrados com os pneus furados, na manhã deste sábado, perto da avenida de Pádua, na zona dos Olivais, Lisboa. Segundo a PSP, terá sido um ato de vandalismo que ocorre enquanto se mantém a paralisação que, garante a ANTRAL, só terminará quando os taxistas forem recebidos pelo Governo.
Em declarações à SIC, Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi, condenou este episódio. “A acreditar nas notícias, trata-se de um ato de puro vandalismo que obviamente condenamos”, afirmou.
Os taxistas continuam este sábado parados, pelo quarto dia consecutivo, e determinados a manter o seu protesto até serem recebidos pelo Governo, disse Florêncio Almeida, da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros de Passageiros (ANTRAL).
“Os táxis estão parados (em Lisboa) na avenida da Liberdade, na avenida Fontes Pereira de Melo e vão até Entrecampos. Cerca de 1.500 táxis estão parados em Lisboa, mais 800 no Porto e 350 em Faro”, declarou Florêncio Almeida à agência Lusa, fazendo um ponto da situação no país.
Segundo o responsável da ANTRAL, a determinação dos taxistas é de continuarem paralisados “até que o Governo se digne a receber os representantes dos táxis” e “chegar a um consenso”.
“Caso contrário, a nossa determinação é continuar por tempo indeterminado e, se calhar, com outras ações que se vão decidir entre hoje e amanhã (domingo)”, referiu Almeida.
“A nossa intenção é mantermos a nossa tranquilidade, o nosso civismo e demonstrar que afinal nós somos pessoas de bem e que estamos a defender os interesses (do setor) dos táxis”, acrescentou Almeida.
Os taxistas protestam contra a entrada em vigor, em 1 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal — Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.
A legislação foi promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 31 de julho.