É uma duquesa polémica, sem dúvida, que nos anos 90 saiu das boas graças da família real britânica para nunca mais voltar. Se em 1992 Sarah Ferguson era fotografada na companhia de um homem que não o príncipe André, em 2010 era apanhada em flagrante a tentar ganhar dinheiro com o nome do agora ex-marido. O príncipe Carlos, irmão de André e herdeiro à coroa britânica, cortou relações com a duquesa; o pai de ambos, Filipe, duque de Edimburgo, também. Apesar disso, é já esta sexta-feira, dia 12 de outubro, que Ferguson regressa ao seio da família real, quando comparecer no casamento da sua filha mais nova, Eugenie, de 28 anos, uma das netas da rainha Isabel II.
Tudo o que se sabe sobre o próximo casamento da família real britânica
Inside Sarah Ferguson's wedding to Prince Andrew – with naughty pageboy Williamhttps://t.co/htHjldzst9 pic.twitter.com/omubmcPCHe
— Mirror Royal (@MirrorRoyal) October 9, 2018
O duque e a duquesa de Iorque casaram-se no dia 23 de julho de 1986 na Abadia de Westminster, em Londres, numa cerimónia visionada por milhões de pessoas em todo o mundo. O casamento durou seis anos e foi brutalmente interrompido com um dos maiores escândalos sexuais da monarquia britânica. Sarah Ferguson foi fotografada num jardim no sul de França na companhia de John Bryan, o seu conselheiro financeiro, em 1992. Nas fotos, a duquesa veste a parte debaixo do biquíni e surge em topless, enquanto Brayn está a “chupar-lhe os dedos do pé”, como foi amplamente descrito — o jornal The Sun escreveu, à data: “Fergie toe-job”. Penny Junor, biógrafa real, chegou a explicar que, quando as fotografias foram publicadas na imprensa, a duquesa estava no Castelo de Balmoral, na Escócia: “A família desceu para tomar o pequeno-almoço e ali estava Fergie [alcunha de Ferguson] nesta cena chocante, foi o fim”.
1992 ficaria para a história como o “annus horribilis”, descrição em latim usada pela rainha Isabel II, que quer dizer “ano horrível”. As polémicas fotos de Fergie vieram meses depois da imprensa noticiar o seu iminente divórcio. Esse ano ficou marcado pela separação de três dos quatro filhos da monarca — Carlos, Ana e André.
Wat ik in alle berichtgeving mis: prins Philip heeft na oa Sarah Ferguson’s tenenlik-schandaal gezworen nooit meer met zijn ex-schoondochter in één ruimte te zullen zijn. Zou vrijdag de eerste keer zijn sinds koninklijk horrorjaar 1992? pic.twitter.com/aKdxzFcZ2G
— Rick Evers (@RickEversRoyal) October 10, 2018
As fotografias são novamente tópico de conversa, sobretudo à medida que se aproxima o casamento de Eugenie que, à semelhança da cerimónia do príncipe Harry, acontece na capela de Windsor. Sarah Ferguson vai estar entre os 800 convidados que vão marcar presença, isto sem contar com os cerca de 1.200 membros do público que vão estar nos terrenos do castelo. Sarah também foi convidada para o casamento de Harry com Meghan Markle, a 19 de maio deste ano, mas o mesmo não aconteceu tendo em conta a receção após o enlace — a duquesa ficou de fora da lista de convidados feita pelo príncipe Carlos, responsável pelo evento privado.
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O convite para o casamento de Harry foi encarado pela imprensa como uma tentativa de atenuar o afastamento entre a duquesa e a restante a família real, até porque Sarah e a princesa Diana tinham uma relação particularmente próxima. Importa ainda referir que, em abril de 2011, aquando do enlace de William e Kate Middleton, a presença de Sarah Ferguson não foi requerida. “Senti falta de não estar no casamento. Senti falta de não fazer parte daquilo tudo”, admitiu mais tarde.
Não foram só as polémicas fotografias que azedaram a relação com os membros da monarquia. Em 2010, Fergie protagonizou outro escândalo com dimensões que ultrapassaram as fronteiras do Reino Unido: em vídeo, Ferguson é vista a aceitar dinheiro (cerca de 40 mil dólares em dinheiro vivo e mais 50 mil libras por transferência bancária) de um jornalista que se fez passar por um investidor em troca de acesso ao ex-marido, com quem ainda vive no palácio Royal Lodge, em Windsor. Mais tarde, Ferguson haveria de confessar — durante uma entrevista a Oprah Winfrey — que tinha bebido na altura em que fez o muito criticado acordo.
Antes das polémicas, Fergie era bastante querida pela família real. Segundo a publicação E!, não era só a princesa Diana que gostava bastante dela; também a rainha jantou muitas vezes sozinha na sua companhia, quando o príncipe André estava ausente. Fergie era atlética, tinha uma certa qualidade de “girl next door” e era algo descontraída — muito diferente da princesa Diana, com quem Isabel II tinha uma relação decididamente diferente.
Esta sexta-feira, Sarah Ferguson vai estar entre as centenas de convidados da família real britânica para assistir ao casamento da filha mais nova com o respetivo namorado de longa data.