Lembra-se da primeira geração do Nissan Leaf? E das origens do Toyota Prius? Eram bem diferentes da restante gama da respectiva marca, pois alguns construtores entenderam que os seus modelos mais amigos do ambiente, por serem 100% eléctricos ou híbridos, deveriam distinguir-se de imediato da oferta movida a combustíveis fósseis. A BMW foi um desses fabricantes, mas parece finalmente disposta a acabar com isso.

Em declarações à britânica Autocar, o responsável pelo design da marca da hélice, Adrian van Hooydonk, assumiu que o compacto eléctrico i3 e o desportivo híbrido i8 fugiam propositadamente à linha estilística da restante gama da BMW, para destoar. E destoavam. A questão é perceber se os clientes estão dispostos a ter um automóvel que dê nas vistas – nem sempre pelos melhores motivos.

A mobilidade eléctrica vai estender-se a toda a nossa gama num espaço de tempo relativamente curto, a ponto de a escolha entre um eléctrico e um híbrido ser uma decisão que se toma na hora de encomendar o veículo”, disse Adrian van Hooydonk. “O facto é que os clientes da BMW querem um modelo dinâmico, seja ele movido a energia eléctrica ou não, havendo por isso cada vez menos motivos para que esses carros tenham estilos diferentes.”

Depois da apresentação de concepts flagrantemente futuristas, mais parecendo inspirados em obras de ficção científica, como o é o protótipo iNext, a primeira movimentação da BMW no sentido de “normalizar” a estética dos seus futuros modelos eléctricos deu-se no Salão de Pequim, em Abril, onde foi revelado o concept que servirá de base ao iX3. Este SUV será o primeiro da nova família eléctrica do construtor bávaro e, ao contrário do que hoje acontece, não rompe radicalmente com a identidade visual da marca. Veremos dentro de dois anos como será a sua versão definitiva, quando for introduzido no mercado.

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