Caroline Wozniacki, a tenista dinamarquesa que é a número 3 do ranking WTA, revelou que sofre de artrite reumatóide. A atleta de 28 anos decidiu contar que foi diagnosticada em agosto e quem se tem esforçado para continuar a jogar de forma competitiva apesar da doença. A temporada terminou para Wozniacki na quinta-feira, quando foi eliminada por Elina Svitolina nas WTA Finals, e a tenista explica agora que vai aproveitar o resto do ano para aprender e planear e a gerir a época tendo em conta a doença auto-imune.

“No início foi um choque. Sentes que és a atleta mais em forma que existe, é isso que está na minha cabeça, é por isso que sou conhecida, e de repente tens de lidar com isto. É óbvio que não é ideal para ninguém e acho que quando és uma atleta profissional é ainda menos ideal. Mas encontras um plano, descobres o que fazer, fazes a tua pesquisa, e felizmente existem coisas ótimas agora que podes fazer”, explicou Wozniacki.

A tenista dinamarquesa conquistou no passado mês de janeiro o Open da Austrália, o único Grand Slam que venceu por agora, e no início de outubro – dois meses depois de ser diagnosticada com artrite reumatóide – ganhou o Open da China. Wozniacki contou que começou a sentir os primeiros sintomas depois de Wimbledon, onde foi eliminada na segunda ronda, e que decidiu consultar um médico depois de não conseguir sair da cama durante dias consecutivos devido às dores nas articulações

“Acho que não quis falar sobre o assunto durante o ano porque não queria dar a ninguém uma espécie de margem ou que pensassem que não estava bem, porque eu tenho estado bem. Aprendi a lidar com isto depois dos jogos. Há dias em que acordo e não consigo sair da cama mas tenho de pensar que é assim, e depois há dias em que estou bem. Nem me lembro do que tenho. Estou feliz porque a época terminou e agora posso controlar isto um bocadinho melhor e arranjar um plano para continuar a controlar no futuro”, acrescentou Wozniacki, que em 2010 chegou a número 1 do ranking mundial.

A artrite reumatóide é um doença auto-imune que não tem cura. Desenvolve-se quando o sistema imunitário começa a atacar as articulações, provocando dor e inchaço. A tenista está a ser acompanhada por especialistas e garante que o grande objetivo é que a doença não tenha um grande impacto na carreira. A vitória no Open da China, no início do mês, leva Woznicki a acreditar que vai conseguir continuar a competir ao mais alto nível apesar da doença.

“Ganhar foi gigantesco. Fez-me acreditar que nada me vai fazer parar. Vou trabalhar com isto e as coisas são assim – e eu posso fazer qualquer coisa. Estou muito orgulhosa por estar a conseguir ser tão positiva com tudo isto”, desabafou Caroline Wozniacki.

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