O candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, publicou este sábado na rede social Facebook um vídeo onde informa abster-se de apoiar qualquer candidato, mostrando assim que não apoia Haddad, como se esperava, apesar de nunca revelar qualquer nome. “Todo o mundo preferia que eu tomasse um lado da campanha, mas eu não quero fazer isso”, disse, para depois justificar que “ninguém é obrigado a fazer campanha contra as suas convicções”.
Na publicação, que conta já com milhares de comentários, Ciro Gomes mostra-se preocupado com “o País e com o futuro”, no entanto diz que por uma razão que não vai, por agora, dizer, não vai apoiar o principal adversário de Bolsonaro. “Se eu não posso ajudar, atrapalhar é que eu não quero”, justifica. E adivinha que, independentemente do resultado eleitoral, a partir de segunda-feira o Brasil vai precisar de um “grande movimento para a democracia brasileira” e que os mais pobres, assim como “os interesses nacionais” sejam protegidos.
Ciro Gomes estava a ser “cortejado” pela campanha do petista Fernando Haddad para integrar uma frente democrática contra Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno. Na sexta-feira, recorda o jornal brasilerio Estadão, o ex-prefeito de São Paulo disse esperar uma “declaração dura” de Ciro em apoio à sua campanha. O partido do ex-ministro declarou apoio crítico a Haddad no começo do segundo turno. O irmão de Ciro, senador eleito Cid Gomes, fez críticas ao PT quando participava de um ato em apoio a Haddad e o vídeo chegou a ser utilizado na campanha do PSL na televisão.
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