Costuma dizer-se que qualquer ocasião é boa para abrir uma garrafa de vinho. Fazê-lo, só por si, ajuda a tornar o momento ainda mais especial. E se forem tidas em conta algumas condições para o servir, então o que já é bom torna-se ainda melhor.

Mas para aprender a tirar o máximo proveito do vinho que vamos beber não é preciso ser especialista nem frequentar cursos complicados. Para ajudar na tarefa, elaborámos um guia de degustação, tendo por base diferentes vinhos da marca Marquês de Borba, produzidos por João Portugal Ramos, na Adega Vila Santa, em Estremoz, desde 1997.

Foi até essa cidade alentejana que fomos encontrar 6 restaurantes para degustar 6 pratos que acompanhem na perfeição 6 vinhos da marca:

Qual escolher?

São tantos os vinhos à venda, de diferentes origens e tipos, que a dúvida instala-se de imediato: qual escolher? Para saber como decidir já na próxima ida às compras, apresentamos cada um dos vinhos Marquês de Borba, indicando as suas características e os pratos com que melhor se harmonizam. Acrescentamos ainda algumas sugestões para servi-los bem, partilhadas pelo enólogo João Maria Portugal Ramos. No final, verá como até é muito fácil. Ora veja:

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Versátil e aromático

Se procura um vinho consensual, que agrade a todos os que se juntam à sua mesa, então a escolha mais acertada é o Marquês de Borba Colheita Tinto. Este é um vinho muito versátil, adequado à maior parte das ementas, mas que acompanha especialmente bem entradas de enchidos, pratos de carne vermelha e bacalhau.

Por se tratar de um vinho tinto jovem e suave, recomenda-se que seja servido a uma temperatura entre os 14°C e os 16°C. Ao prová-lo notará a excelente concentração aromática, com destaque para os frutos vermelhos e o doce de compotas. Revela um bom equilíbrio entre fruta, acidez e taninos suaves.

Boa disposição e frescura

Quando a ocasião é de boa disposição e convívio, o vinho que vai conquistar tudo e todos é o Marquês de Borba Colheita Branco, sobretudo para harmonizar com pratos de peixe, ovos e saladas. Já quanto à temperatura a que deve ser servido, tal depende do momento da refeição e da comida que acompanha. De acordo com João Maria Portugal Ramos, “se for bebido como aperitivo ou como acompanhamento de entradas e marisco, a temperatura ideal situa-se entre os 7°C e os 9°C”. Deste vinho destaca-se sobretudo a cor e o aroma cítrico, bem como a acidez bem marcada.

A tradição à mesa

Para os momentos que pedem um vinho especial, sem perder a informalidade que caracteriza as reuniões de amigos e família, sugere-se o Marquês de Borba Vinhas Velhas Tinto, especialmente adequado para uma refeição com pratos de carne vermelha, aves e queijo.

Os vinhos tintos, com mais taninos e concentração, devem servir-se a uma temperatura ligeiramente superior à dos vinhos brancos e rosados. Quanto mais estruturados e complexos forem – como é o caso do Marquês de Borba Vinhas Velhas Tinto – mais a temperatura deve rondar os 18°C. Realce para a sua cor granada intensa e o forte aroma de frutos pretos maduros, folha de eucalipto e algumas notas de especiarias provenientes do estágio em barricas de carvalho.

Vinhas antigas e elegantes

Um prato obrigatório nas casas portuguesas é o bacalhau e, se a ocasião for de celebração, então o vinho com que melhor casa é o Marquês de Borba Vinhas Velhas Branco. Também o peixe assado no forno ou grelhado, as carnes brancas, as massas e os queijos são parceiros de eleição para este vinho.

Ao acompanhar a refeição principal, o vinho branco deve ser servido a uma temperatura ligeiramente superior do que quando serve de aperitivo, a rondar os 12°C. “O objetivo é que não se perca a sensação de volume de boca que o Marquês de Borba Vinhas Velhas Branco transmite”, justifica João Maria Portugal Ramos. Destaque para o aspeto cristalino e o aroma de frutos cítricos, como a toranja e o limão.

O melhor para os melhores

Ideal para os momentos verdadeiramente especiais e memoráveis, o premiado Marquês de Borba Reserva é o topo de gama da marca e acompanha bem pratos de caça, cogumelos e enchidos de porco preto.

Trata-se de um vinho pronto a beber, mas que melhora com o tempo. De acordo com João Maria Portugal Ramos, o Marquês de Borba Reserva “atinge o pico da qualidade entre os 10 e os 15 anos”, pelo que é adequado a ser guardado. Quanto à decisão de o decantar ou não, o enólogo explica que tal “depende da idade do mesmo”, ou seja, “quanto mais novo for, mais cedo o deve abrir e decantar”. Se, pelo contrário, o vinho já tiver alguns anos de guarda, “basta abrir a garrafa 20 a 30 minutos antes de o beber”. Neste caso, “se for possível decantá-lo será sempre bom, especialmente para evitar a entrada dos sedimentos, os quais não fazem mal, são apenas taninos e antocianinas que precipitaram com o passar do tempo”, explica.

Celebração e alegria

Se a data é de festa e celebração, então a escolha do vinho só pode ser uma: Marquês de Borba Espumante Rosé. Perfeito como aperitivo ou para combinar com saladas mediterrânicas, pratos de peixe, marisco, massas e culinária oriental.

Para tirar o máximo proveito deste espumante, o melhor é optar por copos tipo túlipa em vez da habitual flûte. A sugestão é de João Maria Portugal Ramos, segundo o qual “a forma mais larga no centro do copo é ideal para vinhos mais florais e aromáticos, tal como o Marquês de Borba Espumante Rosé”.