O primeiro-ministro disse esta sexta-feira não estar “numa competição” com a Comissão Europeia relativamente às estimativas para o défice e para o crescimento económico, mas considerou que estão “desajustadas” face aos resultados alcançados.
“Quem tem um modelo de previsões que não está ajustado, sistematicamente produz resultados não ajustados à realidade”, respondeu António Costa, em declarações aos jornalistas, quando questionado sobre as estimativas da Comissão Europeia, que divergem das do Governo, após uma visita ao Aproveitamento Hidroagrícola das Baixas de Óbidos e Amoreira, no Bombarral.
Apesar de garantir não estar “numa competição com a Comissão”, o chefe do Governo português lembrou que Bruxelas falhou sempre as previsões relativamente ao crescimento, ao défice e ao emprego.
“Previram sempre menos crescimento do que aquilo que crescemos, menos emprego do que crescemos, mais défice do que aquilo que tivemos. O prazer particular que temos é demonstrar sempre que as nossas previsões estão certas, porque queremos continuar a crescer mais, a ter cada vez menos desemprego e ter cada vez um défice mais reduzido”, acentuou.
A Comissão Europeia estima também que o défice português recuará uma décima entre este ano e o próximo, antecipando um valor de 0,6% do PIB para 2019, acima das previsões do Governo, que apontam para um défice de 0,2% em 2019 e de 0,7% em 2018.