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Ex-ministro Martins da Cruz encabeça Conselho Político Estratégico do Aliança

Este artigo tem mais de 5 anos

O partido de Pedro Santana Lopes anunciou esta segunda-feira os seus órgãos transitórios. Martins da Cruz vai liderar Conselho Político Estratégico mas há mais ex-PSD nas listas.

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AFP/Getty Images

AFP/Getty Images

O recém-criado Aliança anunciou esta segunda-feira os órgãos transitórios. São três: o Conselho Político Estratégico, a Comissão Instaladora Nacional e a Comissão Organizadora do Congresso. Esta revelação confirmou o que Pedro Santana Lopes já tinha antevisto: há vários ex-PSD entre os dirigentes. O nome com mais peso é o do embaixador António Martins da Cruz, que vai encabeçar o Conselho Político Estratégico. No final de setembro, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros já tinha anunciado a sua desfiliação do PSD embora, à data, não tenha adiantado se pretendia vir a integrar outro partido, mantendo o tabu sobre a sua aproximação ao ex-autarca de Lisboa e da Figueira da Foz.

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Pedro Santana Lopes lidera, naturalmente, a Comissão Instaladora Nacional. No total, foram revelados 38 nomes. Estes três órgãos irão tomar as rédeas do partido até à realização do primeiro congresso do Aliança, que irá realizar-se nos dias 9 e 10 de fevereiro em Évora – um terreno tradicionalmente difícil para os partidos de direita. O anúncio foi feito no Facebook oficial do partido.

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Além de Martins da Cruz, existem outros ex-militantes sociais-democratas nas listas. Luís Cirilo, que foi secretário-geral adjunto do PSD de Luís Filipe Menezes, é o número dois da Comissão Instaladora. O terceiro nome deste órgão também é um ex-PSD: Carlos Pinto, que foi deputado eleito pelos sociais-democratas em várias legislaturas, incluindo a décima, que começou em 2005, quando Santana Lopes era o presidente do partido.

Outro ex-deputado social-democrata que integra agora os órgãos transitórios do Aliança é Carlos Poço, que esteve no Parlamento apenas entre 2005 e 2009, tendo feito parte das listas escolhidas sob a batuta de Santana Lopes. Foi eleito pelo círculo de Leiria.

O fundador do Aliança também conseguiu ir buscar algumas figuras a outros partidos da direita portuguesa. A ex-deputada do CDS-PP Margarida Netto é uma das poucas mulheres que fazem parte destes três órgãos. Surge no décimo lugar da Comissão Instaladora Nacional. Não é propriamente uma surpresa, já que integrou a delegação do partido que foi recebida na passada quinta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa em Belém.

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Outro nome que não é surpreendente é o de João Pessoa e Costa, que em agosto deixou o lugar de de vogal na Assembleia de Freguesia de Alvalade e apresentou a sua desfiliação do PSD. No dia em que anunciou a decisão confirmou que iria “acompanhar o amigo de longa Pedro Santana Lopes na criação de um novo partido político”. É o número sete da Comissão Instaladora Nacional.

João Gonçalves ocupa o décimo lugar do Conselho Político Estratégico. O ex-assessor de Miguel Relvas e de Álvaro Santos Pereira, quando estes foram ministros do Governo de Passos Coelho, tinha vindo a mostrar o seu desacordo com o rumo seguido pelo PSD desde que Rui Rio chegou à liderança. Foi apoiante de Santana Lopes nas últimas diretas do partido.

Mas há também algumas surpresas. Pedro Quartin Graça é o número dois do Conselho Político Estratégico. Advogado e ex-dirigente do Partido Popular Monárquico, o advogado chegou a exercer as funções de deputado no grupo parlamentar do PSD entre 2005 e 2009. Foi eleito precisamente nas legislativas que deram a maioria absoluta ao PS de José Sócrates e que ditaram a saída de Santana Lopes da liderança do PSD. No entanto, nunca chegou a fazer parte do partido. Na realidade, a sua eleição surge na sequência de um acordo entre o MPT – partido que chegou a liderar entre 2009 e 2011 – e os sociais-democratas. Mais recentemente, esteve envolvido na criação do partido Nós, Cidadãos!, onde chegou a desempenhar o cargo de presidente da Mesa do Congresso.

Entre os nomes independentes destaca-se o nome de Tiago Sousa Dias. Advogado que, em agosto, escreveu um artigo de opinião no jornal Público sobre o Aliança. Na crónica, tentava explicar as dificuldades que o partido poderia sentir para se encaixar nas famílias do Parlamento Europeu. “A escolha de Santana, essa, será então entre cavalgar a onda progressista da direita moderna pró-europeia ou estabelecer-se com a solidez britânica dos conservadores. Considerando que Portugal é essencialmente, como me disse Nigel Farage, um país conservador que gosta de se achar muito moderno, a escolha não será fácil”, vaticinou. Especialista em Assuntos Europeus, pode ser um dos nomes na calha para integrar as listas do partido às eleições europeis de maio do próximo ano.

Entre as várias vidas que Pedro Santana Lopes teve, a que passou pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) foi sempre das mais importantes para o ex-primeiro-ministro. Foi provedor da Santa Casa durante seis anos, entre 2011 e 2017. Travou vários conhecimentos no exercício dessa função e essa experiência também encontra reflexo nos primeiros órgãos do partido. O presidente da Comissão Organizadora do Congresso é o ex-assessor da SCML Paulo Bento. Mas há mais: Ricardo Alves Gomes, que foi administrador da SCML até maio deste ano, faz parte da Comissão Instaladora Nacional, ocupando o quinto lugar desse órgão. Deixou a instituição onde tinha o pelouro dos Recursos Humanos em maio deste ano por discordar da entrada da entidade na Caixa Económica Montepio Geral.

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