António Martins da Cruz oficializou esta sexta-feira a sua saída do PSD. Através de uma carta dirigida ao secretário-geral do partido, a que o Observador teve acesso, o embaixador e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros deixa o partido por não se rever na “orientação e prática política da atual liderança, e da maioria das figuras à sua volta”.

A informação foi inicialmente avançada pelo Expresso. De acordo com o jornal, o ex-ministro afirmou ainda que sai por não se rever “em pacóvios suburbanos”.

Martins da Cruz deixa o partido dois dias depois de Pedro Santana Lopes, candidato que apoiou nas diretas de janeiro, ter entregado as assinaturas para formalizar a criação do seu novo partido – o Aliança. Contactado pelo Observador, o ex-PSD responde de forma clara: “não fui contactado”.

O diplomata entrou para o partido em 2007, durante a presidência de Luís Filipe Menezes, que assinou a sua filiação no PSD. Meses depois desempenhou o cargo de presidente da Comissão de Relações Internacionais dos sociais-democratas.

Esteve pouco tempo na função e só viria a desempenhar um cargo partidário com Pedro Passos Coelho, integrando o conselho estratégico do ex-primeiro-ministro.

O Observador tentou contactar tanto o secretário-geral do partido, José Silvano, como o embaixador Martins da Cruz mas até ao momento não obteve resposta.

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