Hillary Clinton deverá voltar à corrida pela presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2020. Quem o diz é o antigo conselheiro da democrata, Mark Penn, num artigo de opinião publicado esta segunda-feira no Wall Street Journal. “Preparem-se para a Hillary Clinton 4.0”, começa por dizer, anunciando de seguida que “com mais de 30 anos de experiência, esta nova versão de Hillary Clinton, quando concorrer à presidência em 2020, voltará ao círculo da campanha progressista da promoção da saúde universal de 1994”.
Mark Penn, que já trabalhou com Hillary e Bill Clinton entre 1995 e 2008, disse ainda que a antiga primeira-dama e secretária de Estado norte-americana será vista agora como “uma forte, partidária, de esquerda e democrata — a que tem a coragem, experiência e firme determinação para derrotar Trump”.
Podem esperar que ela concorra à presidência mais uma vez. Talvez não logo no início, quando a legião dos senadores democratas fizerem os seus anúncios, mas definitivamente na altura em que as primárias estiverem em andamento”, previu, juntamente com Andrew Stein.
Apesar deste anúncio, Clinton ainda não se pronunciou sobre as eleições ou sobre uma possível nova candidatura à Casa Branca, mas sempre disse que “queria ser presidente” dos Estados Unidos. Em 2017, no entanto, a democrata anunciou que tinha colocado um ponto final na corrida à presidência. “Enquanto política ativa, acabou. Não volto a ser candidata, mas não estou acabada na política porque acredito que o futuro do nosso país está em causa”, afirmou.
Ao POLITICO, no mês passado, Philippe Reines, outro antigo associado de Hillary Clinton, disse achar estranho que o nome da democrata não estivesse na lista de potenciais candidatos à presidência em 2020, ainda que achasse que, neste momento, nenhum democrata tenha a capacidade de desafiar com sucesso o presidente Donald Trump.
Clinton, recorde-se, concorreu à presidência dos Estados Unidos em 2008, quando Barack Obama foi o candidato eleito, e em 2016, quando perdeu as eleições presidenciais para Donald Trump.
