Seis pessoas foram encontradas mortas no meio do mato, no domingo, no norte de Moçambique, disseram à Lusa fontes da comunidade de Pundanhar, distrito de Palma.

As vítimas, seis homens adultos, tinham saído para o mato para caçar e os corpos foram encontrados com sinais de ataque com catanas.

Pundanhar é sede de um posto administrativo (divisão administrativa de base) que fica situado a 50 quilómetros da sede de distrito, Palma, em direção a oeste, interior de Moçambique, e só acessível por uma estrada em terra batida.

A população suspeita que as seis pessoas se tenham cruzado com os mesmos grupos que, desde há um ano, atacam povoações remotas da província de Cabo Delgado, numa onda de violência que já matou cerca de 100 pessoas – entre civis, militares e supostos agressores.

A suspeição baseia-se no facto de naquela zona ser raro encontrar mais alguém além dos residentes na comunidade, relataram à Lusa.

Contactada pela Lusa, fonte da polícia escusou-se a comentar o assunto.

A violência em Cabo Delgado ganhou visibilidade após um ataque armado a postos de polícia de Mocímboa da Praia, em outubro de 2017, em que dois agentes foram abatidos por um grupo com origem numa mesquita local que pregava a insurgência contra o Estado e cujos hábitos motivavam atritos com os residentes, pelo menos, desde há dois anos.

Depois de Mocímboa da Praia, os ataques têm ocorrido sempre longe do asfalto e fora da zona de implantação da fábrica e outras infraestruturas das empresas petrolíferas que vão explorar gás natural, na península de Afungi, distrito de Palma.

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