Os inspetores da Polícia Judiciária (PJ) terão encontrado emails comprometedores do deputado do PSD Sérgio Azevedo no âmbito da Operação Tutti Frutti, que investiga esquemas de corrupção em autarquias de PSD e PS. De acordo com a revista Visão — que irá desenvolver o assunto na edição de quinta-feira, 22 — Sérgio Azevedo terá dado instruções detalhadas a empresários amigos sobre como podiam assinar contratos por uma das juntas de freguesia de Lisboa liderada pelo PSD (a de Santo António, presidida por Vasco Morgado) e utilizarem esse dinheiro para serem clientes da Legal Seven, a sociedade de advogados onde trabalha o deputado do PSD. Em junho, o Observador noticiou que Sérgio Azevedo tinha sido intermediário numa das reuniões investigadas pela PJ.

Os investigadores terão encontrado, segundo a Visão, pormenores nessa troca de correspondência eletrónica que comprovam que Sérgio Azevedo montou um esquema de tráfico de influências, participação económica em negócio, faturação falsa e branqueamento de capitais com a ajuda de funcionários da junta. O mesmo pode ter acontecido em outras juntas de freguesia do concelho de Lisboa.

Sérgio Azevedo não foi ainda constituído arguido, ao contrário de Jorge Varanda, um advogado de Braga constituído arguido no final de junho, que é um dos destinatários dos comprometedores emails encontrados pelos investigadores.

Segundo o Observador noticiou em junho, Sérgio Azevedo, deputado e ex-vice-presidente da bancada parlamentar, terá intermediado uma reunião em 2016 entre Os Belenenses e Fernando Medina que está na origem de um apoio de 200 mil euros por parte da Câmara de Lisboa e que serviu para financiar uma obra que foi adjudicada pelo clube de Belém à empresa de Carlos Eduardo Reis — um dos principais suspeitos da Operação Tutti Frutti.

Deputado do PSD intermediou reunião entre Medina e Belenenses para obra ganha por empresário social-democrata sob suspeita

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