A bolsa nova-iorquina encerrou esta quarta-feira, na véspera de um dia feriado, com tendência altista, recuperando parte do que perdeu em dois dias consecutivos de descidas abruptas, graças à reanimação dos títulos da tecnologia e energia.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq ganhou 0,92%, para os 6.972,25 pontos, e o alargado S&P500 subiu 0,30%, para os 2.649,93. Já o seletivo Dow Jones Industrial Average acabou praticamente sem variação, encerrando nas 24.464,69 unidades, prejudicado pelo recuo da Johnson & Johnson, que perdeu 3,05%.

“A sessão de terça-feira já indiciava uma recuperação dos valores tecnológicos, o que foi confirmado hoje”, afirmou Tom Cahill, da Ventura Wealth Management. Assim, os grandes grupos tecnológicos avançaram esta quarta-feira, casos de Amazon (1,42%), Facebook (1,80%) e Alphabet (casa-mãe da Google), que valorizou 1,26%.

“Isto mostra que os gestores de carteiras de investimentos estão a fazer a caça aos bons negócios”, acrescentou este analista, referindo-se às quedas acentuadas destes títulos, na ordem dos dois dígitos, em relação aos seus máximos recentes.

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Ao contrário, a Apple, pressionada desde há mês e meio, devido às inquietações com o comportamento das suas vendas no final do ano, tornou a recuar (0,11%), aumentando as perdas desde o recorde que estabeleceu no início de outubro para cerca de 23,8%.

A agência Bloomberg noticiou que o subcontratante chinês da marca da maçã Foxconn prepara-se para reduzir as suas despesas em 20 mil milhões de yuan (2,5 mil milhões de euros). Esta informação reforçou as inquietações persistentes que envolvem os níveis de produção do iPhone, produto emblemático da Apple.

As empresas ligadas à indústria petrolífera, por seu lado, aproveitaram uma recuperação dos preços do petróleo, no dia seguinte a uma queda das cotações superior a 6%, com a Chevron e a ExxonMobil a avançarem respetivamente 1,27% e 0,77%.

Depois de dois dias em que os três índices mais emblemáticos de Wall Street perderam mais de 1%, “os investidores estão a dar atenção às hipóteses otimistas: que o banco central dos EUA modere finalmente as suas subidas de taxas de juro, que os EUA e a China retomem as negociações comerciais e que os analistas se acalmem, depois de terem adotado comportamentos excessivamente sanguíneos sobre as perspetivas dos lucros das empresas”, afirmou Sam Stovall, de CFRA. “Se estas hipóteses se concretizarem, as recentes quedas bolsistas poderiam encorajar os investidores a regressar ao mercado antes do final de ano”, acrescentou.