A vice-governadora do Banco de Portugal (BdP), Elisa Ferreira, defendeu esta terça-feira que a instabilidade europeia e o ‘Brexit’, saída do Reino Unido da União Europeia (UE), constituem riscos para os bancos.
“A instabilidade na Europa e o ‘Brexit’ constituem um risco para os bancos, mas é suposto que os bancos trabalhem num ambiente de risco”, disse Elisa Ferreira, durante a sua intervenção na conferência, organizada pelo supervisor financeiro, “Quatro anos de Mecanismo Único de Supervisão: lições e desafios futuros”.
Durante a sua intervenção, a responsável explicou que é importante que as instituições financeiras consigam “avaliar e prevenir-se” contra este tipo de riscos.
Elisa Ferreira notou ainda que é necessário conjugar forças para que se registe “diversidade de [modelos de] bancos” no mercado.
No mesmo painel de convidados estava a presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Danièle Nouy, que destacou, entre outros pontos, que a digitalização constitui um risco, mas também uma oportunidade para a banca.
“A eficiência dos bancos europeus [pode ganhar] com a utilização da tecnologia”, vincou a responsável, cujo mandato termina em janeiro de 2019.
Em funcionamento desde novembro de 2014, o Mecanismo Único de Supervisão integra o BCE e autoridades dos países participantes, por exemplo, em Portugal, o BdP.