A Plataforma Pela Reposição das Scut na A23 e A25 pediu esta terça-feira ao primeiro-ministro para repor a circulação sem custos naquelas vias e disse que António Costa criou “legítimas expectativas” às empresas e pessoas da região.

“A sociedade civil, aqui representada pelas entidades que formam a Plataforma Pela Reposição das Scut e os signatários desta carta, individualidades fortemente preocupadas com o futuro da nossa região, apelam a V. Exa. no sentido de considerar o objetivo expresso de reposição das Scut e na disponibilidade para, em conjunto, se concretizar uma estratégia que encerre em si objetivos e metas para um Plano de Coesão focado na convergência, competitividade e emprego”, lê-se numa carta endereçada a António Costa a que a agência Lusa teve acesso.

Além da Plataforma Pela Reposição das Scut na A23 e A25, subscrevem a carta a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), a Universidade da Beira Interior (UBI) e a Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE).

Os signatários recordam a António Costa que, numa reunião de trabalho realizada com empresários na cidade da Covilhã, em meados de 2017, quando visitou a região, “criou legítimas expectativas às empresas, instituições e às gentes da Beira, através de uma decisão que confirmasse a sensibilidade publicamente demonstrada na altura para a necessidade de redução progressiva do valor das portagens na A23 e A25 até à sua abolição”.

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“V. Exa. sabe, e certamente reconhece, que os objetivos para que as Scut foram criadas — redução de assimetrias regionais, redução de custos de transporte e aumento da segurança na circulação — iriam permitir atenuar os desequilíbrios associados à baixa natalidade, fluxos migratórios negativos e envelhecimento da população, pelo que, na situação atual, as políticas públicas são extraordinariamente importantes, para não dizer decisivas”, sustentam.

Adiantam ainda que as agendas europeia e nacional assumem como prioritário a promoção de um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.

“Como poderemos não colocar em causa a sustentabilidade dos territórios ditos de baixa densidade se não se aliviarem as pessoas e famílias dos elevados custos de mobilidade e se não se eliminarem custos de contexto, com as portagens à cabeça, como meio de estabilizar económica e financeiramente as empresas aqui localizadas para não se deslocalizarem e para captar e canalizar investimento para atrair e fixar pessoas, sobretudo jovens”, questionam.

A Plataforma integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.