O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, ordenou este domingo a abertura de um “inquérito técnico urgente” ao acidente com um helicóptero do INEM em Valongo, para apurar o que correu mal com o “lançamento dos alertas”.

O Ministro da Administração Interna determinou à Autoridade Nacional de Proteção Civil a abertura de um inquérito técnico urgente ao funcionamento dos mecanismos de reporte da ocorrência e de lançamento de alertas”, informou o Ministério da Administração Interna em comunicado.

O comandante distrital do Porto da Proteção Civil, Carlos Alves, disse este domingo desconhecer “qualquer atraso nas comunicações” entre bombeiros e aquela entidade no caso do helicóptero que caiu no sábado em Valongo, causando a morte dos quatro ocupantes.

Não temos indicação de qualquer atraso da comunicação entre os bombeiros e a Proteção Civil. Toda a operação foi iniciada após comunicação da entidade local da Proteção Civil, neste caso o Comando Distrital de Operações de Socorro [CDOS] do Porto, para as corporações de bombeiros locais”, afirmou Carlos Alves, em declarações aos jornalistas no local onde decorrem as operações de socorro, no concelho de Valongo, distrito do Porto.

“Tanto quanto sei, os bombeiros foram os primeiros a chegar ao local”, acrescentou o comandante, que afirmou desconhecer “qual a primeira entidade a receber o alerta” sobre a queda do helicóptero e garantindo que o aviso chegou à Proteção Civil “às 20h15”, cerca de duas horas após o último contacto da aeronave com a torre de controlo.

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Heli do INEM. Passaram duas horas entre o primeiro alerta e a operação de socorro. Porquê?

A queda de um helicóptero do INEM, ao final da tarde de sábado, no concelho de Valongo, distrito do Porto, causou a morte aos quatro ocupantes. A bordo do aparelho seguiam dois pilotos e uma equipa médica, composta por médico e enfermeira.

A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto. Este é o acidente aéreo mais grave ocorrido este ano em Portugal, elevando para seis o número de vítimas mortais em acidentes com aeronaves desde janeiro.

NAV alertou comandos mas ninguém atendeu chamada de alerta. Proteção Civil desconhece “atraso de comunicações”