O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, propôs esta segunda-feira a realização das eleições legislativas no dia 17 de fevereiro de 2019, considerando que nessa data estão reunidas as condições adequadas.
Falando aos jornalistas após uma reunião com os partidos políticos para apresentar uma data de consenso ao Presidente guineense, José Mário Vaz, o primeiro-ministro explicou que em cima da mesa estão as datas de 17 e 24 de fevereiro, bem como 10 de março.
A reunião desta segunda-feira foi suspensa, já que o primeiro-ministro teve que sair a meio para um encontro no palácio da presidência com o chefe do Estado guineense. Ainda no decurso desta semana será convocada uma nova reunião para aí ser escolhida data que será comunicada pelo Governo a José Mário Vaz para, através de decreto presidencial, fixar o dia das eleições legislativas.
Aristides Gomes enalteceu o caráter dos encontros que tem estado a promover com os partidos, na perspetiva de “discutir todos os problemas” ligados à preparação das eleições, particularmente o recenseamento eleitoral, alvo de muita controvérsia. Gomes quer “tudo clarificado, as regras do jogo afinadas” para que as eleições possam ser transparentes.
No sábado, José Mário Vaz estará na cimeira de líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, em Abuja, na Nigéria e a situação política na Guiné-Bissau será um dos assuntos a analisar, nomeadamente a preparação das eleições legislativas, já adiada uma vez.
As eleições deviam ter ocorrido a 18 de novembro, mas atrasos na sua preparação, concretamente, no recenseamento de potenciais eleitores, determinaram o adiamento.
Grande parte deste mandato, o país viveu uma crise política, com um impasse entre o chefe de Estado e o principal partido no parlamento, o Partido Africado para a Independência da Guiné e Cabo Verde, uma situação que só ficou atenuada após pressão da comunidade internacional, com a promessa de novas eleições.