Um, dois, três, quatro, cinco. Aos 33 anos, Ricardinho continua a dominar por completo o mundo do futsal e foi eleito na noite deste domingo o melhor jogador do ano pela sexta vez na carreira, quinta consecutiva depois dos galardões recebidos em 2014, 2015, 2016 e 2017 (o outro foi em 2010). “Incrível! Obrigado, gracias, thank you! One more! Seis vezes o melhor do mundo, orgulhoso português”, escreveu o ala nas redes sociais, na primeira reação ao troféu.
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Num ano especial em que conseguiu pela primeira vez conquistar um título pela Seleção Nacional – neste caso, o Campeonato da Europa –, o jogador do Inter ganhou também a UEFA Futsal Cup (o equivalente à Liga dos Campeões da modalidade) e a Liga espanhola. Assim, acabou por vencer com naturalidade o troféu atribuído pelo Futsal Planet com um total de 677 votos, mais do dobro do que o segundo classificado, o brasileiro Gadeia (311). O pódio do Melhor Jogador do Ano pertenceu por completo ao Inter, com o espanhol Pola a fechar no terceiro lugar com 295 pontos. Ainda no top-10, Bruno Coelho, jogador do Benfica que foi fundamental na final do Europeu contra a Espanha, terminou na sétima posição (166 pontos).
De recordar também que Ricardinho chegou a estar perto do regresso a Portugal este ano depois de ter recebido uma proposta milionária do Sporting mas acabou por ficar no Inter no seguimento da crise institucional que os leões atravessaram a meio do ano e que levaria mesmo à destituição em Assembleia Geral do presidente do clube, Bruno de Carvalho.
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O impacto do triunfo no Campeonato da Europa teve outras repercussões diretas em termos de prémios: Portugal venceu o prémio de Melhor Seleção do Ano com 503 pontos, à frente das sempre favoritas Brasil (411) e Espanha (370), ao passo que Jorge Braz foi considerado o Melhor Selecionador do Ano com 522 pontos, bem à frente do russo Sergey Skorovich (344) e do espanhol Bruno García Formoso (320). Luís Conceição, técnico que levou pela primeira vez a Seleção feminina sénior a um Europeu e ganhou com a Seleção Sub-18 feminina o Torneio Olímpico da Juventude, terminou no sexto lugar (186 pontos).
Em destaque esteve também Ana Catarina Pereira, jogadora do Benfica e da Seleção Nacional que conquistou o prémio de Melhor Guarda-redes do Ano com 404 pontos, à frente da espanhola Sílvia Outón (340) e da russa Anastasia Invanova (289). Já Fifó, jogadora também dos encarnados que esteve em plano de destaque não só nas conquistas nacionais do Benfica (Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça) mas também nos Jogos Olímpicos da Juventude, foi considerada a terceira melhor jogadora com 303 pontos, apenas atrás da brasileira Amandinha (444) e da espanhola Amélia Romero De La Flor (319).
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Houve mais três distinções para equipas nacionais, de forma direta ou indireta: o Sporting foi considerado a segunda melhor equipa do ano com 381 pontos, apenas atrás do campeão europeu Inter (689) e à frente dos brasileiros do Magnus Futsal (327); Nuno Dias, técnico dos leões, ficou na terceira posição no top dos melhores treinadores de equipa com 295 pontos, atrás de Jesús Velasco (espanhol do Inter, 568) e Kaká (brasileiro do Kairat, 309); e Guitta, guarda-redes brasileiro que trocou no início da temporada o Corinthians pelo Sporting, foi eleito também o terceiro melhor do ano com 322 pontos, atrás de Higuita (brasileiro do Kairat, 482) e Jesús Herrero (espanhol do Inter, 453).
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